Prévia do PIB do Brasil sobe 0,60% em julho e alta de 5,53% ante igual mês de 2020

O ritmo do avanço da economia brasileira é considerado reduzido, apesar de ainda ter demonstrado leve reação. Os dados são do Índice de Atividade (IBC-Br) do Banco Central

09:41 | Set. 15, 2021

Por: Agência Estado
Estado pagará segunda parcela do 13º salário para servidores públicos no dia 10 de dezembro com liberação de R$ 500 milhões (foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A atividade econômica brasileira apresentou o segundo mês consecutivo de alta em julho, embora o ritmo de avanço tenha se reduzido. O Banco Central (BC) informou nesta quarta-feira, 15, que seu Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 0,60% em julho ante junho, na série já livre de influências sazonais. No mês anterior, o avanço havia sido de 0,92% (dado revisado nesta quarta).

Os efeitos negativos da pandemia de Covid-19 sobre a economia foram sentidos principalmente no primeiro semestre do ano passado. Após este período, o IBC-Br passou a reagir, até que a segunda onda provocasse, no início de 2021, novos fechamentos de empresas. Com isso, o indicador passou a oscilar. Em março, a atividade econômica recuou, mas em abril houve avanço. Maio registrou novo recuo e, em junho e julho, o indicador voltou a subir.

De junho para julho, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 139,68 pontos para 140,52 pontos na série dessazonalizada. Este é o maior patamar desde fevereiro deste ano (140,98 pontos).

A alta do IBC-Br superou a mediana de 0,40% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast , cujo intervalo ia de queda de 0,30% a avanço de 0,80%.

Comparação interanual

Na comparação entre os meses de julho de 2021 e julho de 2020, houve crescimento de 5,53% na série sem ajustes sazonais. Esta série registrou 143,35 pontos em julho, o melhor desempenho para o mês desde 2015 (143,37 pontos).

O indicador de julho de 2021 ante o mesmo mês de 2020 também ficou acima da mediana de 5,00% das projeções (crescimento de 2,40% a 6,50%).

Revisões

O Banco Central revisou nesta quarta-feira dados de seu IBC-Br na margem, na série com ajuste. O IBC-Br de junho foi de alta de 1,14% para 0,92%, enquanto o índice de maio passou de queda de 0,55% para crescimento de 0,60%.

No caso de abril, o índice foi de variação positiva de 0,90% para alta de 0,55%.

O dado de março passou de retração de 1,98% para declínio de 1,77% e o de fevereiro foi de expansão de 1,67% para 1,63%. Em relação a janeiro, o BC alterou o indicador de elevação de 0,66% para 0,51%.

Parâmetro

Conhecido como uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve mais precisamente como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A projeção atual do BC para a atividade doméstica em 2020 é de crescimento de 4,6%. Esta estimativa será atualizada ainda em setembro, no próximo Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

No último Relatório de Mercado Focus divulgado pelo BC, a projeção é de crescimento de 5,04% do PIB em 2021. O Focus reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro.