Começa audiência na Câmara com Silva e Luna sobre térmicas e combustíveis
10:18 | Set. 14, 2021
Por: Agência Estado
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), abriu na manhã desta terça-feira no plenário da Casa o debate com a participação do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, sobre a situação da operação das termelétricas, o preço dos combustíveis e outros assuntos relacionados à estatal. Lira fez apenas a abertura formal da audiência sem dar declarações.
Inicialmente, Silva e Luna seria ouvido pela Comissão de Minas Energia, mas o evento foi transferido ao plenário para que todos os deputados pudessem participar. Esta mudança, que não é usual, mostra a importância que o Legislativo quer dar ao tema.
Na noite de segunda-feira, Lira criticou a gestão da Petrobras, causando forte reação nos papéis da petroleira no after hours em Nova York. A mensagem foi publicada no Twitter após a Casa confirmar que o presidente da estatal participaria do debate. "Tudo caro: gasolina, diesel, gás de cozinha. O que a Petrobras tem a ver com isso? Amanhã [terça-feira], a partir das 9h, o plenário vira Comissão Geral para questionar o peso dos preços da empresa no bolso de todos nós. A Petrobras deve ser lembrada: os brasileiros são seus acionistas", escreveu o presidente da Câmara.
O posicionamento de Lira vem na sequência de ataques feitos à política de preços da Petrobras - realizados da oposição a membros do governo, incluindo o presidente Jair Bolsonaro - diante da alta da inflação. Após as declarações do presidente da Câmara, o ADR da Petrobras em Nova York mergulhou mais de 2% na sessão estendida. Depois de certa oscilação, o papel encerrou o pregão extra em US$ 10,19, baixa de 1,16%.
O requerimento para a realização do debate da manhã desta terça foi apresentado pelo deputado Danilo Forte (PSDB-CE) e assinado por líderes e deputados de diversos partidos. O deputado avaliou que o momento era adequado por causa da atual crise hídrica, desencadeada pela escassez de chuvas nas regiões onde estão localizados os reservatórios de hidrelétricas. Para Danilo Forte, o problema se agravou com os atrasos em investimentos de geração e de transmissão.