Novo modelo contratual da Petrobras com distribuidoras não afeta preço e é para buscar competitividade
Não há nenhum impacto no preço final ao consumidor. O que a Petrobras está fazendo é novos modelos de contratos, colocando condições a fim de fazer frente à entrada no mercado de importadoras de combustível
09:02 | Set. 10, 2021
A Petrobras vai alterar os modelos de contrato com distribuidoras de combustíveis para buscar competitividade. A mudança não afeta em nada a precificação ao consumidor.
Leia mais
Em comunicado ao mercado, a estatal diz ter aprovado novos modelos contratuais para venda de gasolina A e de óleo diesel rodoviário e marítimo para as distribuidoras, sem detalhar quais.
Afirma apenas que o objetivo é "simplificar alguns processos, aumentar a competitividade e trazer flexibilidade para a Petrobras na adoção de novas estratégias comerciais."
No novo modelo será possível ajustar condições comerciais de acordo com o mercado, "representando um passo importante para o posicionamento da Petrobras no novo ambiente competitivo."
Diante do cenário atual do mercado, segundo a Petrobras, caracterizado pela entrada de produto importado por terceiros e pelo processo de desinvestimento de ativos de refino, "torna-se necessário promover aperfeiçoamentos em algumas cláusulas comerciais e operacionais".
A companhia ressalta que não há mudanças nas práticas de precificação, que seguem alinhadas com os mercados internacionais, hoje baseadas no barril do petróleo e variação do dólar.
Os novos contratos serão submetidos à homologação pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Segundo explica Bruno Iughetti, consultor da área de Petróleo e Gás, não há nenhum impacto no preço final ao consumidor. O que a Petrobras está fazendo é novos modelos de contratos, colocando condições a fim de fazer frente à entrada no mercado de importadoras de combustível.
Isso porque as importadoras começaram a afetar, segundo Iughetti, "um pouco", o mercado da estatal. "Ela está fazendo esse contrato a ser celerado com as distribuidoras um pouco mais palatável, um pouco mais flexível em termos de condições de fornecimento, inclusive prazo de pagamento."
Portanto, o que a empresa busca é competitividade, visto que ainda se utilizava de modelos de contratos anteriores à entrada destas importadoras no mercado. "Esses importadores começaram a entrar no mercado por volta de 2012", complementa o consultor. (Colaborou Beatriz Cavalcante)