Pressionada, Apple anuncia concessões para desenvolvedores de aplicativos
A partir do início de 2022, serviços de streaming, aplicativos de livros, jornais e outros meios de comunicação poderão assim escapar da comissão de 15% a 30% cobrada pela fabricante do iPhone, chamada de "Apple tax" pelos muitos críticos
12:43 | Set. 02, 2021
A Apple permitirá a inclusão em alguns aplicativos de um link para o site do desenvolvedor, para que os usuários administrem sua conta e paguem no endereço a assinatura, em uma mudança de atitude da empresa, muito pressionada pela concorrência.
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O grupo apresentou a alteração das regras da App Store, a plataforma de downloads de aplicativos, como uma solução para "acabar" com uma investigação da autoridade de concorrência japonesa, segundo um comunicado publicado na quarta-feira.
"A atualização permitirá aos desenvolvedores de aplicativos de 'leitura' incluir um link para seu site", afirma o boletim.
A partir do início de 2022, serviços de streaming, aplicativos de livros, jornais e outros meios de comunicação poderão assim escapar da comissão de 15% a 30% cobrada pela fabricante do iPhone, chamada de "Apple tax" pelos muitos críticos.
A mudança envolve as vendas de aplicativos na App Store e as compras de bens e serviços digitais dentro dos aplicativos.
A Apple sempre defendeu o funcionamento em circuito fechado de sua loja de aplicativos como um recurso necessário para garantir a segurança das transações e dados dos usuários.
Mas a Apple enfrenta processos de várias empresas e autoridades no mundo, que acusam o grupo americano de abuso de posição dominante para impor a App Store entre as empresas e os usuários. Além de cobrar comissões consideradas elevadas.
Após anos sem modificar sua posição, a Apple intensifica agora as concessões. Como parte do acordo, a Apple também oferecerá aos desenvolvedores que ganharam menos de um milhão de dólares por ano entre 2015 e 2021 acesso a um novo fundo de 100 milhões de dólares.
O sistema operacional mobile iOS é o segundo mais utilizado no mundo, atrás apenas do Android. No ano passado, os dispositivos móveis com iOS gastaram 643 bilhões de dólares em aplicativos, segundo a Apple.