Empresa cearense implanta em São Paulo projeto de posto de combustível verde

Compensação do investimento deve acontecer em 23 meses. Empresário já negocia com redes de postos no Estado para instalação de novos projetos. Ideia é estimular a mudança da matriz energética e futura redução do custo de energia para os donos de postos

A empresa cearense focada em energias renováveis Gram Eollic lançou, em São Paulo, um projeto piloto de posto de combustíveis verde e já projeta expansão para o mercado cearense. A ideia consiste em abastecer todas as demandas do posto de combustível com energia limpa, seja por placas solares, aerogeradores eólicos ou mesmo biomassa.

A escolha da matriz depende de análise prévia da demanda. No piloto, toda demanda elétrica de bombas de combustíveis, loja de conveniência, restaurante, banheiros e áreas comuns, é abastecida com energia oriunda de matriz não poluente.

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Com o avanço da tecnologia aliado ao encarecimento da energia elétrica fornecida pelas distribuidoras no Brasil, o potencial de economia é grande e o payback - que é o tempo de retorno do investimento após o aporte - acontece em menos de dois anos. Segundo cálculos da Gram Eollic, o projeto piloto deve ter retorno após 23 meses.

O CEO da Gram Eollic, Fernando Ximenes, lembra que, há alguns anos, projetos desta envergadura chegavam a ter payback de 50 meses, estima a empresa. Ele ainda conta que já há conversas em andamento com empresários do setor de varejo de combustíveis para implantação do projeto no Ceará.

"O posto de combustíveis verde abastece toda demanda a partir da energia limpa. A ideia é levar isso para o Brasil inteiro. É uma vanguarda, que infelizmente não foi no Ceará, mas mantenho negociações e conversas", destaca.

Fernando ressalta que as possibilidades numa cidade litorânea, como Fortaleza, são ampliadas. Em postos de combustíveis da Capital próximo da orla, a geração eólica é alternativa.

O CEO da Gram Eollic inda ressalta que dependendo do porte do posto pode ser um retorno do investimento menor do que no projeto piloto. Tudo vai depender do cálculo do custo do projeto, com compra de componentes, mão de obra, taxas. A análise é caso a caso.

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