Preços do gás e energia levam a prévia da inflação em Fortaleza a 7,21% no ano
É a segunda maior alta acumulada do País, perde apenas para Curitiba (7,48%), segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo IBGEO Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto, considerada a prévia da inflação, ficou em 0,86%, em Fortaleza. Abaixo da média nacional (0,89%), mas o maior resultado para o mês desde 2007. No acumulado do ano, a pressão exercida pelos aumentos de preços em produtos como botijão de gás de cozinha e de energia levam o indicador para uma alta de 7,21%. A segunda maior do País. Perde apenas para Curitiba (7,48%).
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Segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos 12 meses, a prévia da inflação em Fortaleza é de 11,37%.
No ano, a inflação do grupo habitação é o que mais subiu, com alta de 11,03%. Em produtos como gás de cozinha e energia elétrica residencial esses percentuais são, respectivamente, de 22,65% e 19,76%.
No Ceará, o preço do botijão de 13kg está custando, em média, R$ 98,14, mas pode ser encontrado por até R$ 110, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Já os gastos com energia estão sendo influenciados pela bandeira tarifária vermelha patamar 2 que vigorou nos meses de julho e agosto. Sendo que a partir de 1º de julho, houve reajuste de 52% no valor adicional dessa bandeira tarifária, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh. Antes, o acréscimo era de R$ 6,243.
Mas, de modo geral, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, todos também tiveram alta no acumulado do ano. Em Fortaleza, a segunda maior contribuição veio de Vestuário (10,16%) e, em seguida, o grupo Transportes (10,10%).
No grupo de alimentos e bebidas, o de maior peso para composição do item, o aumento foi de 5,86% no. Abaixo dos percentuais observados em educação (7,78%) e artigos de residência (7,38%). Já o grupo saúde e cuidados pessoais, o de despesas pessoais e o de comunicação tiveram reajuste acumulado no ano de 4,91%, 2,98% e 0,44%, respectivamente.
Agosto
No mês, o maior peso para o IPCA -15 de Fortaleza veio do grupo alimentação e bebidas (0,79%). A alimentação no domicílio teve alta de 1,06%, com destaque para as altas nos produtos cenoura (20,77%), batata-inglesa (16,53%) e tomate (11,90%). Já a alimentação fora do domicílio teve uma queda de -0,04%. Os lanches tiveram uma queda de -1,66%.
O segundo maior impacto foi registrado no grupo Transportes (1,37%), com maior destaque para os transportes por aplicativo (7,15%). Já as passagens aéreas tiveram uma queda de -7,80%. A gasolina teve uma alta de 3,11%.
O grupo habitação também registrou alta, de 0,93%, com destaque para a energia elétrica residencial, que teve alta de 1,82%, e o gás de botijão, que teve alta de 3,14%
Também registraram alta os artigos de residência (1,22%), vestuário (1,39%), saúde e cuidados pessoais (0,42%), despesas pessoais (1,10%) e comunicação (0,60%). Apenas o grupo educação teve uma retração de -0,42%.
Regiões
De acordo com o IBGE, das doze áreas pesquisadas, todas apresentaram variação positiva em agosto. O menor resultado ocorreu no Rio de Janeiro ( 0,86%). Já a maior foi registrada em Curitiba (1,19%).
No Brasil, a prévia da inflação de agosto foi de 0,89%, ficando 0,17 ponto percentual acima da taxa de julho (0,72%). Essa foi a maior variação para um mês de agosto desde 2002, quando o índice foi de 1,00%. No ano, o índice acumulou alta de 5,81% e, em 12 meses, de 9,30%, acima dos 8,59% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2020, a variação havia sido de 0,23%.
Metodologia
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 14 de julho e 13 de agosto de 2021 (referência) e comparados aos vigentes de 15 de junho a 13 de julho de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.