Compensações tributárias cresceram 44,8% de janeiro a julho, diz Receita
O secretário da Receita Federal, José Barroso Tostes Neto, destacou, em coletiva de imprensa sobre o resultado da arrecadação de julho, que houve crescimento de 44,8% das compensações tributárias de janeiro a julho deste ano. Segundo o secretário, as compensações tributárias tiraram R$ 119 bilhões da arrecadação e, só em julho, R$ 26 bilhões, com a maior parte relativa a decisões judiciais. A receita com PIS/Cofins é a mais afetada, disse, como consequência da retirada do ICMS da base de cálculo.
Mais cedo, na coletiva, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também destacou a devolução do montante em julho e seu crescimento forte, repetindo o argumento em relação aos precatórios, dívidas judiciais da União.
Tostes Neto argumentou que, sem compensações tributárias, o resultado da arrecadação do mês poderia ser ainda mais auspicioso.
A receita com impostos e contribuições federais somou R$ 171,270 bilhões no mês, o melhor resultado para o período da série histórica iniciada em 1995. O resultado representa um aumento real (descontada a inflação) de 35,47% na comparação com o mesmo mês de 2020. "Dos sete meses de 2021, cinco são recorde de arrecadação, dois, são os segundo melhores. Pode-se argumentar que a base de 2020 está impactada por fatores não recorrentes do período da pandemia, mas estamos comparando com todos os anos anteriores."
Tostes Neto ainda citou que, desconsiderando diferimentos e outros fatores atípicos em 2020, se observa crescimento real de 22,3% no mês de julho e de 14,8% em 2021.
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