Mesmo com nova onda de Covid, restaurantes devem continuar abertos, diz Abrasel
Presidente da Associação disse que operação do setor foi consenso em reunião com o governador Camilo Santana
23:56 | Ago. 25, 2021
Atualizada às 10h55min de 26/8/2021*
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE) fará parte do Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus. A entrada no grupo que define os protocolos e o avanço da abertura foi acertada em reunião com o governador Camilo Santana e assegurou ainda um consenso: de que ainda que uma possível terceira onda atinja o Estado, os estabelecimentos continuarão funcionando, desde que os protocolos sejam seguidos.
“O diálogo com o governo é para que venha o que vier, a gente consiga ter o funcionamento. Saúde e empregos vão ter que andar juntos”, enfatizou Taiene Righetto, presidente da Abrasel-CE, após reunião da Abrasel com o governador Camilo Santana (PT), nesta quarta-feira.
Apesar dos indicadores da pandemia em queda, o impacto das variantes é uma preocupação tanto para o governo como para o setor de alimentação fora do lar.
O presidente da Abrasel-CE disse que a conversa com o chefe do Executivo estadual foi muito importante e demonstrou a preocupação de Camilo com o setor. Ele ressaltou que o setor deve voltar cada vez mais ao praticado antes da pandemia, até mesmo em relação aos horários de funcionamento, que hoje se estendem até a meia noite. “Foi a sinalização mais forte desde o início da pandemia que poderemos voltar ao normal”, defendeu.
Outro ponto discutido foi a operacionalização da lei conhecida como Mais Emprego Ceará, que visa gerar mais emprego, pagando metade do salário mínimo a novos contratados com carteira assinada na pandemia de segmentos do comércio e serviços durante seis meses. Righetto explicou que foi discutida a parte técnica da legislação, que foi sancionada pelo governador no dia 20 de julho. Um dos pontos, por exemplo, é saber como os novos contratados serão cadastrados para receber o benefício.
Alguns detalhes de decretos, como a exigência de medição da temperatura dos clientes e o uso de face shield, também foram alvo de discussão na reunião, pois a Abrasel acredita que eles devem ser revistos. O presidente da associação acredita que o maior avanço recente das medidas foi a ampliação durante a noite, devido ao maior faturamento dos estabelecimentos neste período. Até agora, desde o início da pandemia, já foram quase 60 mil demissões no setor de alimentação fora do lar, conforme a Abrasel.
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O presidente comentou ainda sobre o fim do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que chegou ao fim nesta quarta-feira, 25. Ele considerou que a medida deveria ser prorrogada. “Como a gente tem restrição de 50% da capacidade, restrição de seis pessoas por mesa.... Se tivesse a prorrogação, ajudaria”, defende. No entanto, ele pontuou que a principal reivindicação é ampliação dos horários e da capacidade de funcionamento, para que o setor possa “caminhar com as próprias pernas”.
Na última semana, uma das poucas mudanças do novo decreto, que entrou em vigor nessa segunda-feira, 23, foi a ampliação do horário de funcionamento de restaurantes. A extensão do horário estava entre as principais reivindicações do setor.
As novas regras já representam avanços para o setor de alimentação fora do lar, já que o segmento foi o único a ter horário flexibilizado. Com a atualização, restaurantes, bares e barracas de praia tiveram horário de funcionamento estendido até a meia-noite. No entanto, os estabelecimentos ainda devem funcionar 50% da capacidade.
Colaborou Isabela Queiroz/Especial para O POVO
*a atualização foi para retirar a palavra decisão do segundo parágrafo e trocar por ação, pois decisões sobre a pandemia são tomadas no âmbito do Comitê Estadual de Enfretamento à Pandemia do Coronavírus.