Incorporadora do Hard Rock Hotel no Brasil fecha capital na Bolsa de Valores
VCI quitou R$ 48 milhões em debêntures com 28 meses de antecedência para sair da listagem da B3A Venture Capital Participações e Investimentos (VCI) SA, incorporadora da marca Hard Rock no Brasil, informou que encerrou a participação na B3, a bolsa de valores brasileira, ontem, 19. O fechamento de capital aconteceu após a quitação de R$ 48 milhões em debêntures 28 meses antes do previsto.
Em nota, a empresa justifica a decisão afirmando que o IPO (abertura de ações na B3) é recorrente para captação de capital para investimento, o que não é mais necessário dentro dos planos da empresa no País.
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Com o Hard Rock Hotel Fortaleza, na Praia de Lagoinha, e o Ilha do Sol, em Londrina, a VCI conseguiu gerar mais de R$ 900 milhões em vendas, "caixa suficiente para a realização das obras".
"A maioria dos IPOS visa a venda de parte do capital para aquisições ou expansões orgânicas e, no caso da VCI, a expansão e pipeline dos 10 terrenos já estava toda adquirida e solucionada, portanto não haveria necessidade de capital para tal finalidade", diz.
Outro argumento da empresa para encerrar a participação na B3 foi a má avaliação das decisões da empresa no mercado. "“Existem poucos investidores para projetos em desenvolvimento ou venture capital. A contabilidade brasileira não entende e não captura, por exemplo, as aquisições de distress asset e isso joga o valuation das empresas inovadoras para baixo. Se a empresa compra algo que vale 100 por 10, aqui no Brasil vale 10”, explica Samuel Sicchierolli, sócio controlador e Presidente da VCI SA.
A empresa aponta que "o sistema de contabilidade brasileiro segue princípios desatualizados comparado aos EUA e à Ásia", como o distress asset, que classifica como "a compra oportunística de ativos por valor do custo em um movimento que traz grande valorização financeira caso a estratégia funcione".
Em junho, a VCI teve a emissão de novos papeis na B3 suspensa como punição por não enviar os demonstrativos financeiros no prazo correto, mas alegou que o movimentou foi estratégico e que a medida da Comissão de Valores Imobiliários (CVM), que regula o setor, não iria interferir nos empreendimentos.
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