Gol planeja retomar voos de Fortaleza para Buenos Aires, Miami e Orlando
As duas operações estão previstas para voltar no próximo ano. A empresa já iniciou a retomada de destinos internacionais com voos para o Uruguai
12:37 | Ago. 17, 2021
A Gol Linhas Aéreas anunciou que tem planos de retomar, em janeiro de 2022, uma frequência semanal do voo Fortaleza para Buenos Aires/Aeroparque (AEP). Em meados de junho do ano que vem, está prevista ainda a retomada dos voos diários da capital cearense para a Flórida, nos Estados Unidos, sendo quatro operações semanais para Miami (MIA) e três para Orlando (MCO).
A ampliação da oferta de destinos internacionais foi intensificada neste mês de agosto. A Gol, por exemplo, anunciou ontem que volta a operar voos para Montevidéu (Uruguai) a partir de Guarulhos-SP, em 3 de novembro. No mesmo mês, nos dias 12 e 13, a aérea ofertará os destinos Punta Cana (partindo de Guarulhos) e Cancún (partindo de Brasília).
Avanço da vacinação
O avanço da vacinação no Brasil, inclusive com parcela da população sendo imunizada com a segunda dose, fez com que alguns países, principalmente europeus, reabrissem suas fronteiras para brasileiros.
Mesmo com restrições, inclusive para tipos de imunizantes, a partir deste momento os brasileiros encontram mais opções de viagens internacionais. Segundo a plataforma de viagens Kayak, 112 destinos estão abertos total ou com alguma restrição para brasileiros. Outros 114 mantêm fronteiras fechadas. O grande desafio do momento é a oferta de viagens.
De acordo com a Fraport Fortaleza, que administra o Aeroporto Internacional Pinto Martins, a previsão de voos internacionais para este mês de agosto é de 36 voos, movimentando cerca de 6 mil passageiros.
Em março de 2020, último mês antes da onda de cancelamentos e restrições de destinos, eram cinco voos diários, totalizando 155 chegadas e partidas no mês.
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A Fraport ainda destaca que, atualmente, os voos internacionais estão sendo operados somente pela companhia TAP, com origem/destino Lisboa, Portugal.
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Mesmo para os passageiros totalmente vacinados, chegar ao destino muitas vezes não é fácil. Para entrar na França, por exemplo, os viajantes brasileiros precisam apresentar comprovante de vacinação com a dose única da Janssen há pelo menos 28 dias ou com a segunda dose da Pfizer ou AstraZeneca há sete dias. A CoronaVac não está na lista de vacinas aceitas entre os principais destinos do mundo.
Entre as novidades positivas para os brasileiros está o anúncio recente de que o Canadá autorizou que brasileiros com vacinação completa com Pfizer, AstraZeneca, Janssen e Moderna podem visitar o país a partir de setembro.
Dentre os tradicionais destinos de brasileiros em viagens internacionais, seguem restrições. Para os Estados Unidos, voos diretos do Brasil estão proibidos para turistas.
A solução tem sido ficar em quarentena de 14 dias num terceiro país fora de uma lista de vetos do governo, além de um formulário e atestado preenchido antes do embarque e teste RT-PCR ou de antígeno até 72 horas antes do embarque.
Demanda
A Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), com base em dados das mais de 2,2 mil agências de viagens espalhadas pelo País, declara que há grande aumento na demanda por viagens pelo público já vacinado.
Os destinos nacionais são os mais demandados do momento, mas, os internacionais, há crescimento de procura por destinos com menos restrições e abertos para brasileiros, caso de Dubai, México e Maldivas – mas todos esperam boa demanda quando Estados Unidos e Europa abrirem as fronteiras, porque recebem consultas frequentes. Quem tem carta de crédito com empresas marítimas também já está buscando as agências para garantir lugar na temporada quando liberada.
"O aumento vem sendo verificado desde março - no mês de maio houve aumento de 28% nas buscas em comparação ao mês de abril e quando comparados os orçamentos da primeira quinzena de maio com os da primeira quinzena de junho, o aumento foi de 20% para viagens em setembro e de 14% para dezembro. No geral, a expectativa é fechar 2021 com perto de 70% do faturamento de 2019. Lembrando que 2020 seguiu praticamente sem vendas durante muitos meses, com o movimento focado em remarcações ou reitinerações", destaca a Abav em nota ao O POVO.