Ceará é o estado que mais cresce em vendas no comércio varejista
É o terceiro mês consecutivo de alta no segmento, após subir 7,9% em abril e 9,6% em maio. A alta veio acima da média do Brasil, que apresentou quedaO volume de vendas do comércio varejista do Ceará cresceu 2,5% em junho frente a maio, na série com ajuste sazonal. É a terceira alta consecutiva após subir 7,9% em abril e 9,6% em maio. Foi ainda a maior variação entre as unidades da federação no mês.
Os dados são do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística, divulgados nesta quarta-feira, 11 de agosto, na Pesquisa Mensal do Comércio.
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A média móvel trimestral foi de 6,7% no trimestre encerrado em junho. Na série sem ajuste sazonal, as vendas do varejo subiram 3,4% frente a junho de 2020. O acumulado no ano foi a 4,9% e o acumulado em 12 meses, a 4,4%.
No comércio varejista ampliado cearense, que inclui as atividades veículos, motos, partes e peças e material de construção, o volume de vendas se manteve estável em relação a maio. A média móvel trimestral foi de 5,8%. Frente a junho de 2020, houve alta de 13,7%. No ano, o varejo ampliado acumula alta de 10,7% e, em doze meses, as vendas subiram 6,8%.
Na série sem ajuste sazonal, na comparação de junho de 2021 com junho de 2020, entre os oito setores investigados pela Pesquisa Mensal do Comércio para o comércio varejista e os dez do comércio varejista ampliado, houve predominância de taxas positivas nas atividades pesquisadas no Ceará:
- Tecidos, vestuário e calçados (76,4%)
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,0%)
- Combustíveis e lubrificantes (23,2%)
- Móveis e eletrodomésticos (1,2%)
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,6%)
- Livros, jornais, revistas e papelaria (166,6%)
Por outro lado, as atividades que tiveram decréscimo no volume de vendas de junho/2021 em relação a junho/2020 foram:
- Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios bebidas e fumo (-11,7%)
- Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-2,3%)
Considerando o comércio varejista ampliado, a atividade de veículos, motos, partes e peças registrou variação de 41,4% frente junho de 2020, enquanto material de construção registrou crescimento de 16,7%, ambos, respectivamente, após aumento de 127,4% e 161,7% no mês anterior, nesse mesmo tipo de comparação.
O acumulado em 12 meses foi de 4,4% em junho, ante 3,4% em maio, sinalizando aceleração no ritmo das vendas.
Brasil
No País, de maio de 2021 para junho de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista recuou 1,7%, com predomínio de resultados negativos em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (-16,7%), Rio Grande do Sul (-5,1%) e Mato Grosso do Sul (-4,0%). Por outro lado, no campo positivo, figuram nove das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Ceará (2,5%), Espírito Santo (2,2%) e Pará (1,9%).
Considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com junho de 2020, a distribuição regional mostrou predomínio de resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Piauí (33,6%), Pernambuco (29,6%) e Rondônia (26,0%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram duas das 27 Unidades da Federação: Tocantins (-2,6%) e Amazonas (-1,0%).
Análise semestral
As vendas no comércio varejista fecharam o primeiro semestre do ano com alta de 6,7%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o resultado ficou negativo em 3,2%, com o início da pandemia da covid-19. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 5,9%.
De acordo com Cristiano, apesar da alta, o resultado deve ser considerado em perspectiva, tendo em vista a base de comparação negativa do primeiro semestre de 2020.
“A gente teve semestres muito destacados. A questão de novas restrições, que aconteceu no primeiro semestre de 2021, com relação a, por exemplo, abertura de lojas físicas, horário de funcionamento, isso tudo é um cenário mais ou menos o espelho do primeiro semestre de 2020, porque ele acaba por restringir essa oferta dessas lojas e acaba afetando a receita dessas empresas que tiveram essas restrições. Isso aconteceu, mas com amplitude menor agora no primeiro semestre de 2021”, disse.
Setores
Segundo o IBGE, entre as oito atividades investigadas pela pesquisa, cinco apresentaram queda de maio para junho. A mais intensa foi verificada em tecidos, vestuário e calçados, que caiu 3,6%, depois de crescer 16,3% em abril e 10,2% em maio.
O setor foi um dos mais afetados pela pandemia, com queda de 38,7% no primeiro semestre de 2020 e de 9,8% no segundo. A recuperação de 32,6% registrada nos seis primeiros meses do ano não foi o suficiente para alcançar o patamar pré-pandemia.
Também recuaram na passagem mensal os setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%), combustíveis e lubrificantes (1,2%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,5%).
O setor de livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 5% em junho, o terceiro resultado positivo seguido. Os aumentos não recuperaram as perdas da pandemia, e a queda acumulada de janeiro e junho é de 22,8%. No ano passado, o setor perdeu 28,8% no primeiro semestre e 32,7% no segundo, após um 2019 com grandes perdas também.
Também cresceram na comparação mensal as vendas de móveis e eletrodomésticos (1,6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,4%).
Na comparação entre maio e junho de 2021, as vendas no varejo caíram em 18 das 27 unidades da federação. A maior queda foi no Amapá (16,7%), seguido de Rio Grande do Sul (5,1%) e Mato Grosso do Sul (4%). Os maiores crescimentos foram no Ceará (2,5%), Espírito Santo (2,2%) e Pará (1,9%). (Com Agência Brasil)
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