Sem provas, Bolsonaro acusa vendedores de gás de cozinha de se aproveitarem dos mais pobres

Declaração do presidente ocorre em resposta a contenção do aumento de preços dos combustíveis após escalada de reajustes feita pela Petrobras durante seu governo

O presidente da República, Jair Bolsonaro, acusou nesta quarta-feira os vendedores de gás de cozinha de se aproveitarem dos mais pobres, ao cobrarem preços que não se justificariam. "O preço do bujão de gás está em R$ 130 média, enquanto na refinaria custa em média R$ 45", disse o presidente, ao desconsiderar a série de reajustes no preço cobrado pela Petrobras implementadas em seu governo. 

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"Quando andamos pelas casas dos mais pobres, eles falam que o gás de cozinha está apertando o sapato, que estão cozinhando com lenha. É verdade. O povo precisa saber quem é o responsável pelo preço que está lá em cima", afirmou.

Bolsonaro assina nesta quarta Medida Provisória que autoriza produtores ou importadores de etanol hidratado a comercializarem diretamente com os postos de combustíveis, sem a necessidade de um distribuidor.

A medida era uma promessa do presidente aos usineiros do Nordeste.

Para possibilitar a venda direta, a MP unifica a cobrança do PIS/Cofins sobre o etanol hidratado - hoje dividida entre produtores e distribuidores - apenas nas usinas.

O governo também abre caminho para que os postos de uma determinada bandeira de distribuidor possam comercializar combustíveis de outros fornecedores, desde que isso seja devidamente informado aos consumidores.


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