Grande Fortaleza registra segunda maior inflação do Brasil; veja o que ficou mais caro
Variação de preços na Capital e região metropolitana acumula inflação de 6,08% no ano, puxada principalmente por gastos com moradia e habitação, conforme dados do IBGEOs preços dos produtos e serviços na Grande Fortaleza seguem em alta, conforme a inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgada nesta terça-feira, 10 de agosto. A pesquisa do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) registrou alta de 0,33 ponto percentual em julho ante mês imediatamente anterior, saindo de 0,59% para 0,92%. No acumulado do ano, Fortaleza apresenta a segunda maior inflação do Brasil, com saldo de 6,08%.
A Capital e região metropolitana ficam atrás apenas de Curitiba, que acumula elevação de preços em 6,44%. No cenário nacional, o IPCA do Brasil em julho apresentou alta de 0,96%, 0,43 ponto percentual acima da taxa de 0,53% registrada em junho. Dado expressa a maior variação para um mês de julho desde 2002, quando o índice foi de 1,19%. No acumulado anual, 2021 registra inflação de 4,76% .
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Veja os produtos e serviços que registraram maior alta isolada na Grande Fortaleza:
- Passagem aérea: 45,93%
- Tomate: 30,13%
- Cenoura: 15,49%
- Transporte por aplicativo: 8,55%
- Manga: 8,13%
- Hospedagem: 8,02%
- Tubérculos, raízes e legumes: 7,4%
- Reforma de estofado: 5,79%
- Maça: 5,68%
- Café moído: 5,41%
Dentre os principais fatores relacionados ao aumento da inflação em Fortaleza, os recentes reajustes nas cobranças externas nas contas de energia elétrica foram o principal vilão, conforme avaliam técnicos do IBGE no Ceará. As tarifas representam mais da metade do aumento de preço registrado com gastos com habitação na Capital.
Outro fator nacional que impacta diretamente na inflação é a sequência de ajustes nos preços dos combustíveis, principalmente no que confere ao aumento dos gastos com transporte na Cidade.
Veja lista da variação de preços por segmento em Fortaleza e região metropolitana:
- Habitação - Alta de 1,92%
- Artigos de residência - Alta de 1,37%
- Transporte - Alta de 1,26%
- Alimentação e bebidas - Alta de 1,04%
- Vestuário - Alta de 1,03%
- Dados Pessoais - Alta de 0,40%
- Comunicação - Alta de 0,12 %
- Educação - Queda de 0,06%
- Saúde e cuidados pessoais - Queda de 0,17%
A queda registrada pelos gastos com saúde, conforme relatório do IBGE, ocorre em consequência a redução dos preços dos planos de saúde, com recuo de 1,39% no mês julho de 2021. Cenário que consolida a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) ao implementar o reajuste negativo de 8,19% no preço cobrado ao consumidor final, ao considerar a queda na utilização de serviços de saúde suplementar e não emergencial durante a pandemia.
O segundo segmento com defasem de preço, ainda que pequena, foi o de educação, diante da desaceleração do consumo de livros didáticos, que registram queda de 1,17% nos preços de venda em julho, com relação ao mês anterior.