Aprovadas diretrizes do Programa Nacional de Hidrogênio, que favorecem o Ceará

Quem deve se beneficiar é o Ceará, que desenvolve um hub de hidrogênio verde no Estado

08:58 | Ago. 05, 2021

Por: Irna Cavalcante
O Governo do Ceará já iniciou negociação com algumas empresas interessadas em integrar o hub de hidrogênio verde no Estado (foto: Camila de Almeida em 28/10/2015)

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) aprovou na quarta-feira, 4, as diretrizes do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2). A ideia é fomentar o desenvolvimento do mercado de hidrogênio no Brasil e a inclusão como um dos temas prioritários para investimentos em pesquisa e inovação. De acordo com nota do Ministério de Minas e Energia (MME), o próximo passo será a instalação do Comitê Técnico que vai gerir o programa.

Com grande potencial na produção de energia renovável, o Ceará pode ser um dos principais beneficiados com a iniciativa.  O Governo do Ceará pretende montar um hub de hidrogênio verde e já iniciou negociação com algumas empresas interessadas em instalar usinas no Estado. Também já apresentou detalhes do seu plano de desenvolvimento ao MME.

 

O PNH2 foi elaborado em 60 dias pelo MME, com o apoio técnico da Empresa de Pesquisa Energética, e tem a participação dos ministérios Ciência, Tecnologia e Inovações e do Desenvolvimento Regional. Dentre oturos pontos, foi firmado que deve ser considerado o potencial do hidrogênio, que combinado a outras soluções se torna um relevante vetor energético para uma matriz de baixo carbono. Da mesma forma, apreender o interesse na cooperação internacional para o desenvolvimento tecnológico e de mercado para produção e uso energético do hidrogênio.

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A resolução também aponta outras questões a serem consideradas: a diversidade de fontes energéticas disponíveis no País para a produção de hidrogênio; as tecnologias associadas a esse vetor energético já desenvolvidas e em desenvolvimento no País; a diversidade de aplicações do hidrogênio na economia; o potencial de demanda interna e para exportação de hidrogênio no contexto de transição energética; e a liderança do Brasil no tema “Transição Energética” no Diálogo de Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia.

As linhas gerais do programa começaram a ser discutidas em maio desse ano, por determinação do CNPE, e, nesse período, foram realizadas mais de 25 reuniões com diversos atores, além de participações em eventos nacionais e internacionais sobre as oportunidades para o desenvolvimento do mercado de hidrogênio no Brasil. 

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