Fusões e aquisições no varejo crescem 300%, diz KPMG
As oito operações do começo deste ano quase empatam com as dez de todo o ano passado. Todas as transações do segmento concretizadas foram do tipo forma doméstica, ou seja, envolvendo apenas empresas brasileiras
11:41 | Jul. 26, 2021
As fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano no segmento varejista cresceram 300% ante igual período de 2020. Foram oito no começo de 2021 contra dois na comparação anterior. Os dados são de pesquisa KPMG produzida trimestralmente.
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Participaram 43 setores da economia e o varejo figurou no 10º lugar no ranking ranking setorial das transações realizadas no primeiro trimestre deste ano. O estudo apontou que o setor progrediu em relação a igual período de 2020, quando ocupava a 19ª posição.
Além disso, as oito operações do começo deste ano quase empatam com as dez de todo o ano passado. Todas as transações do segmento concretizadas - tanto no primeiro trimestre deste ano quanto ao longo de 2020 - foram do tipo forma doméstica, ou seja, envolvendo apenas empresas brasileiras.
"A pandemia provocada pela Covid-19 impactou todos os setores de forma direta e um dos mais afetados, com certeza, foi o varejo. Esse aumento expressivo no número de fusões e aquisições do setor representa um sinal de recuperação da indústria local e significa que ela está se adaptando à nova realidade dos negócios. O cenário é otimista e há perspectiva de aumento do consumo a curto prazo à medida que a vacinação avança", afirma o sócio-líder de consumo e varejo da KPMG, Fernando Gambôa.
Para Luis Motta, sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, as aquisições no Brasil têm sido o motor das transações este ano. Além disso, está acontecendo um movimento de retomada da presença de estrangeiros no País que tinha sido perdida no ano passado quando a pandemia teve início, o que gerou um contexto de crise e que todas as empresas estavam focadas na sobrevivência e no mercado principal de atuação. "Com isso, alguns planos de internacionalização destas empresas foram colocados de lado até que se tivesse um cenário mais previsível. Com expectativa de vacina, as empresas se adaptaram a uma nova realidade e voltaram com os planos de negócios", analisa.