Caminhoneiros: Apesar de movimentos no Ceará e no Porto de Santos, adesão à greve não é grande
Presidente da Câmara Setorial de Logística do Ceará afirma que greve ainda não prejudica fluxo de cargas no Estado. Desde a noite do domingo, 25, caminhoneiros autônomos realizam protestos em estradas brasileiras. Cinco estados tiveram movimentos, inclusive o Ceará
10:27 | Jul. 26, 2021
Para o presidente da Câmara Setorial de Logística do Ceará e diretor da Fetranslog-NE, Marcelo Maranhão, o movimento grevista dos caminhoneiros autônomos ainda é pequeno, mas a adesão nas próximas horas e dias é imprevisível. Ao O POVO, ele avalia que, mesmo com o protesto da noite de domingo, 25, em Brejo Santo, não há qualquer impacto ou prejuízo ao fluxo de cargas. No segundo dia de greve declarada, o Ceará e outros cinco estados registraram durante a madrugada e o começo da manhã desta segunda-feira, 26 de julho, dia em que é comemorado o Dia de São Cristóvão, o padroeiro dos motoristas.
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"Esse movimento, ele existe, a gente entende que é justo, mas a gente não viu até agora uma grande adesão, nem a nível local, nem a nível nacional. Nós estamos monitorando toda essa movimentação e vamos ficar acompanhando nos próximos dias para ver como tudo isso irá evoluir, mas até o momento, não representa nenhum impacto ou prejuízo para o fluxo de cargas", explica Marcelo.
O também diretor da Fetranslog-NE ainda afirma que um número reduzido de transportadores está participando do movimento até agora. No entanto, só será possível definir melhor os impactos da greve com o passar dos dias.
Diante da presença da PRF e demais entidades, ação dos manifestantes tem se concentrado nas áreas de acostamento, ou ainda em protestos organizados em pontos estratégicos para o fluxo de cargas, como entradas e saídas de portos.
De acordo com o boletim de monitoramento do Ministério da Infraestrutura, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, no início da manhã, às 7h30min, não havia trechos de rodovias federais sendo bloqueados, seja parcial ou totalmente.
Porto de Santos
Ainda na madrugada desta segunda-feira, 26, às 2h50min, um movimento iniciado por caminhoneiros autônomos iniciou protesto próximo ao Porto de Santos. O presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), José Roberto Stringasci, destaca que o movimento vai durar por período indeterminado. "Nós demos início aos piquetes, à conscientização e paralização, na entrada do Porto de Santos, fazendo nosso protesto".
Piso mínimo do frete e reforma tributária que defina um imposto único para os combustíveis em todos os estados são pautas defendidas pelos caminhoneiros, mas, a principal, é mesmo o fim da política de paridade internacional de preços dos combustíveis. "Nós não aguentamos mais pagar combustíveis com preços internacionais", afirma o presidente da ANTB.