Dono da Riachuelo diz que "taxar grandes fortunas reduz desigualdade, mas empobrece ricos"
De acordo com o empresário, a redução do imposto de renda sobre as empresas é a chave para a redução da desigualdade no PaísO empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, declarou que a proposta de reforma tributária, apresentada pelo Governo Federal, "reduz a desigualdade, mas empobrece os ricos”. A afirmação foi dita durante entrevista para a Folha de S.Paulo.
Flávio é presidente do conselho do grupo Guararapes, que inclui empresas como Riachuelo, Midway e Casa Verde, além de ser filiado ao partido Republicanos. De acordo com a revista Forbes, a fortuna do empresário é avaliada em R$ 1,3 bilhão.
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Durante a conversa, o empresário deixou claro que era contrário a conceitos como a taxação de fortunas. “Nós queremos lutar contra a desigualdade ou contra a pobreza? Esse imposto consegue reduzir a desigualdade, mas pela via não inteligente: expulsando ou empobrecendo os ricos. O que se quer é enriquecer os pobres. Esse é um imposto que diminui a desigualdade, mas achatando a pirâmide, ou seja, empobrecendo os ricos”, pontuou.
De acordo com ele, a proposta de aumentar de 5 para 12,5 pontos percentuais a redução da tributação do Imposto de Renda sobre as empresas é uma das melhores mudanças pautadas. “A redução de imposto de renda gera mais investimento, aumento da demanda por mão de obra e, aí sim, resolve a desigualdade pela via inteligente, que é gerando renda para a base da pirâmide. Se a desigualdade fosse o problema, tinha que dar um troféu para a Venezuela, que expulsou as fortunas para Miami ou quebrou quem insistiu em ficar”, afirmou o empresário. A previsão é que o texto seja encaminhado para votação em plenário em agosto.
Segundo Flávio Rocha, no entanto, a ideia da desoneração da folha de salário é solução para o nó tributário. “É muito importante evoluir em torno da desoneração da folha. Isso deveria ser levado a debate o quanto antes. Este, sem dúvida, é o pior imposto. É o imposto do desemprego. A tributação da folha realmente é um retrocesso regressivo e danoso. Acho que é o mais urgente. É criar o espaço fiscal para a desoneração da folha”, destacou.