Startup cearense Chatbot Maker recebe investimento de R$ 1,5 milhão
A startup recebeu o aporte da KPTL, uma das maiores gestoras de venture capital do Brasil. Com o investimento, a empresa pretende multiplicar por cinco sua base atual de clientes em 12 meses
09:15 | Jun. 24, 2021
A startup cearense Chatbot Maker recebeu investimento de R$ 1,5 milhão feito pela KPTL e passa para o portfólio de uma das maiores gestoras de Venture Capital do Brasil. Os recursos são do Fundo Criatec 3, criado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Entre os cotistas do Fundo, também estão: o Banco do Nordeste (BNB) e mais nove organizações. Com aporte, a expectativa é aprimorar os algoritmos de inteligência artificial de sua robô Suri para atender companhias de todos os tamanhos e multiplicar por cinco a base atual de clientes nos próximos 12 meses.
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Criada em 2017, pela dupla Thiago Amarante e Marlos Távora, a Chatbot Maker começou fazendo chatbots - robôs programados com inteligência artificial - sob demanda, entregando produtos diferentes para cada contratante. Mas desde o ano passado, a empresa deu uma guinada com a criação da Suri, o que fez com que a base de 25 clientes pulasse para os cerca de 200 atuais.
“Mas qual é o seu diferencial? É que ela está pronta, basta plugar e utilizar. Assim não é preciso contratar uma empresa terceirizada nem desenvolver a ferramenta. É só conectar no site e estabelecer uma comunicação virtual com seus clientes. De lá para cá, foram mais de 1,5 bilhão de mensagens trocadas com a Suri por 3,5 milhões de pessoas”, afirma Thiago.
Ele explica que o novo aporte será importante para impulsionar a startup em três eixos. "Vamos melhorar inteligência da Suri, colocando em novas verticais de negócios. Permitir que atue em novos canais de comunicação, principalmente o Instagram. E com isso tudo nos direcionar à nossa meta de multiplicar por cinco nosso número de assinantes, alcançando mil clientes em 12 meses".
De acordo com o sócio-fundador e COO da KPTL, Gustavo Junqueira, eles já vinham acompanhando a evolução da empresa há três anos. “São excelentes empreendedores, conectados em uma forte tendência de automatização do atendimento. Eles desenvolveram um conhecimento profundo na área e conseguiram aplicá-lo para pequenas empresas com sucesso".
A Suri é uma inteligência artificial que aprende a partir dos dados do cliente, enquanto a de outros concorrentes é preciso programar, o que muitas vezes demanda o precioso tempo do empreendedor ou mão de obra especializada. "Você tem o Tesla e tem Uno. Carro não é tudo igual. O mercado estava poluído, tudo era chatbot. Mas não é bem assim", compara Thiago.
A Chatbot Maker atende atualmente empresas de todos os tamanhos. Dentre os seus clientes, está a Prefeitura de Fortaleza que usa a Suri, por exemplo, para chamar a população para vacinar-se contra a Covid-19. Porém, o objetivo da empresa é levar tecnologia para pequenas e médias empresas, pagando a partir de R$ 290 mensais pelo serviço.
Ao longo da sua trajetória, a empresa foi uma das startups aceleradas pela Casa Azul Venture, do grupo de comunicação O POVO. Sendo, inclusive, responsável pela implantação do chatbot do O POVO Online.
Também foi residente no Hubine, o hub de inovação do Banco do Nordeste. "Eles ajudaram a gente em três diferentes momentos da nossa trajetória. Ao conceder acesso ao Hubine, deram espaço físico para trabalharmos e também uma rede de acesso ao mercado. Ajudaram também oferecendo crédito por meio do edital de subvenção Fundeci, que garantiu a expansão para criação da Suri. E agora, como cotistas do Fundo Criatec 3, que está investindo em nós, por meio da KPTL", recorda Marlos Távora.