Guedes: encargos trabalhistas são arma de destruição em massa de empregos
Durante o 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o ministro defendeu a desoneração da folha de pagamentos como forma de baratear o custo de mão de obra no Brasil. Também afirmou que o governo está desenhando novos programas sociaisO ministro da economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta quinta-feira, 17, durante o 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, promovido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a desoneração da folha de pagamentos como forma de baratear o custo de mão de obra e assim acelerar a abertura de novos postos de trabalho no Brasil.
“E, para isso, é preciso ter mão de obra barata. O Brasil tem uma arma de destruição em massa de empregos, que são os encargos sociais e trabalhistas, nós precisamos atacar isso”.
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Para ele, isso daria condição para o setor de supermercados abrir mais unidades. "O setor [de supermercados] é intensivo nisso, precisamos criar condições para que possam abrir mais postos de atendimento, cada vez chegando mais perto das vizinhanças - não só no abastecimento mas também na compra da pequena agricultura familiar. E para isso é preciso ter mão de obra barata", disse
A desoneração da folha de pagamentos é um dos pontos da proposta de reforma tributária que vem sendo defendido pelo Ministério da Economia desde 2019. À época, foi cogitada a criação de um imposto sobre transações que compensaria o fim da tributação sobre a folha. Dentre outros pontos, a proposta previa a cobrança de uma alíquota mínima de 0,2% sobre os pagamentos feitos por meio de débito e crédito e de 0,4% sobre os saques e depósitos em dinheiro.
Também previa a extinção da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), paga pelas empresas, e a parcela arrecadatória do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Porém, diante de críticas de que isso representaria um retorno da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente Jair Bolsonaro vetou a proposta.
Paulo Guedes também reafirmou que o Governo está desenhando novos programas sociais. A fala foi corroborada pelo ministro da Cidadania, João Roma, que informou que isso deve ocorrer em curto espaço de tempo. Apesar de não dar detalhes, Roma também citou a necessidade de ampliar programa de distribuição de alimentos.
Abras
O 1º Fórum da Cadeia Nacional de Abastecimento, organizado pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), está reunindo ministros, lideranças da cadeia de abastecimento e do mercado de capitais para discutir com especialistas em meio ambiente e governança a agenda do setor. Em especial, em como avançar na pauta ESG (Environmental Social and Governance) no Brasil.
"Estamos nos organizando para reposicionar e requalificar nossa atividade, pautados pela transformação digital e novos hábitos de consumo, influenciados pela crise sanitária que o covid-19 nos impôs. Nossa vocação é de abastecer a população brasileira e continuaremos fazendo isso com toda força, energia e segurança para que de forma colaborativa, organizada e inovadora, possamos organizar todos os atores na criação de maior impacto social", destacou o presidente da Abras, João Galassi.
O encontro virtual está organizado em seis painéis que abordam os seguintes temas: a ‘A dimensão e a importância da cadeia de abastecimento nacional’, ‘A origem, significado e importância do ESG’, ‘Impacto socioambiental’, ‘Governança corporativa no contexto ESG’, ‘Cases de sucesso da cadeia de abastecimento’ e ‘Posicionamento institucional da cadeia de abastecimento para ESG’.
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