No Ceará, 26% das empresas encerram as atividades em até cinco anos de funcionamento
Resultado coloca o Ceará ao lado dos estados de Paraíba, Rio Grande do Norte, Bahia e Rondônia no sétimo lugar no ranking da mortalidade empresarial no País
14:12 | Jun. 15, 2021
O Ceará ocupa a sétima posição no mais recente ranking de mortalidade empresarial do Brasil, elaborado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e divulgado nesta terça-feira, 15. O estudo estima que 26% de todas as empresas abertas no Estado encerram suas atividades em até cinco anos de funcionamento.
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A pesquisa destacou ainda que o maior percentual dos negócios fechados entre 2015 e 2020 diz respeito a Microempreendedores Individuais (MEI). A estimativa do estudo é que três em cada 10 MEIs não conseguiram continuar as atividades após cinco anos de atuação. Na sequência, com a segunda maior parcela de empreendimentos fechados, microempresas representam 21,6% do total, seguidas por empresas de pequeno porte com 17%.
Os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia e Rondônia registraram o mesmo índice do Ceará e também ocupam o sétimo lugar no ranking da mortalidade empresarial no País. No topo, Minas Gerais registrou taxa de mortalidade empresarial de 30%, seguido por pelo Distrito Feral, Rondônia, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com 29%. A menor taxa foi computada pelos estados do Amazonas e do Piauí, que atingiram o patamar de 22%.
Com relação aos seguimentos, o comércio representa o mais afetado pelo fechamento de empresas em todo o País, com 30,2% de todos os empreendimentos encerrados em até cinco após a abertura. Na sequência, o que mais fechou empresas foi o da Indústria da Transformação, com taxa de mortalidade empresarial de 27,3%, seguido de Serviços, com índice de 26,6% e, por fim, a Indústria Extrativista, com 14,3%.
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Dentre as razões pelas quais as empresas fecharam, a pandemia de Covid-19 teve protagonismo, sendo pontuada como principal causa pelo fechamento dos negócios por 41% dos empresários e empreendedores. Outros 22% citaram a falta de capital de giro e 20% pontuaram que o fator decisivo para o fechamento foi o baixo volume de vendas.
Outro percentual representativo foi dos que optaram por fechar as empresas para se dedicar a outras atividades como concursos públicos ou mesmo dinâmica de trabalho CLT. Estes casos somam cerca de 13% dos consultados.