Com alta da energia, inflação em Fortaleza é a segunda maior do País
Em maio, a inflação na Região Metropolitana de Fortaleza ficou em 1,10%. Empatado com São Luís e atrás apenas de Salvador (1,12%). No acumulado de doze meses, o IPCA quase bate os dois dígitos (9,80%)A região metropolitana de Fortaleza encerrou o mês de maio com a inflação em 1,10%. É o segundo maior percentual do País. Empata com São Luís e fica atrás somente de Salvador (1,12%). Os dados apresentados nesta quarta-feira, dia 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que, no acumulado do ano, o indicador chega a 4,50% e, no comparativo de doze meses, em 9,80%. Todos acima da média brasileira. Energia elétrica e os gastos com alimentação puxam o resultado.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio deste ano foi o maior registrado na RMF para o mês desde 2015, quando ficou em 1,23%. Na série histórica medida pelo IBGE, essa foi a maior alta para um mês de maio desde 2015 (1,48%).
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Dos nove grupos abrangidos pela pesquisa, oito registraram alta na variação mensal. A maior delas, veio dos gastos com habitação (2,63%), que sofreu forte impacto pelo encarecimento da energia elétrica residencial (9,71%). Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
“Vale lembrar que, entre janeiro e abril, estava em vigor a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343). Além disso, no final de abril, ocorreram reajustes em diversas regiões de abrangência do índice”, explica o IBGE.
O grupo Alimentação e bebidas, o de maior peso na composição do índice, registrou uma variação de 1,16%, com destaque para as altas nos subitens maracujá (21,59%), tomate (9,95%) e feijão fradinho (8,65%). As carnes também tiveram aumento de 3,44%, já as aves e ovos de 1,77%. Por outro lado, houve queda de -17,81% na manga, de -10,46% na maçã e de -5,97% nas raízes e tubérculos.
Em seguida, aparecem os grupos: vestuário (1,95%); artigos de residência (1,07%); saúde e cuidados pessoais (0,81%); transportes (0,80%); despesas pessoais (0,16%); educação (0,06%). O único grupo a registrar queda no mês foi comunicação (-0,29%).
Brasil
No Brasil, a inflação em maio ficou em 0,83%. São 0,52 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de abril (0,31%). Foi o maior resultado para um mês de maio desde 1996 (1,22%). O acumulado no ano foi de 3,22%, e o dos últimos 12 meses, de 8,06%, acima dos 6,76% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2020, a taxa havia sido -0,38%.
Todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em maio. O maior índice foi o da região metropolitana de Salvador (1,12%), influenciado pelas altas nos preços da gasolina (8,43%) e da energia elétrica (10,54%). O menor resultado ocorreu em Brasília (0,27%), por conta da queda nos preços das passagens aéreas (-37,10%) e das frutas (-10,68%).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de abril a 27 de maio de 2021 e comparados com aqueles vigentes de 30 de março a 29 de abril de 2021 (base). Em virtude da pandemia de Covid-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março de 2020, a coleta presencial de preços. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como sites de internet, telefone ou e-mail.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de maio, na RMF, foi de 1,17% e no acumulado do ano a alta é de de 4,5%. Jà no Brasil, nesses mesmos parâmetros, os indicadores ficaram, respectivamente, em 0,96% e 3,33%.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 30 de abril a 27 de maio de 2021 com os vigentes entre 30 de março e 29 de abril de 2021 (base).