Bares e restaurantes negociam funcionamento até 23h com publicação do novo decreto

Com avanço, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), Taiene Righetto, espera-se que o funcionamento do setor atinja o patamar de 80% 

O segmento de alimentação fora do lar no Ceará espera conseguir novas diretrizes de funcionamento com a publicação do novo decreto de isolamento social no Estado. A principal demanda do setor, feita ainda na semana passada, é de que ocorra a ampliação do horário de funcionamento de bares e restaurantes, saindo de 21h para 23h em todos os dias da semana.

A ampliação, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), Taiene Righetto, é fundamental para um retorno mais consistente das atividades do setor no Ceará. “Atualmente temos cerca de 60% do setor em operação, se formos autorizados a funcionar até as 23h, podemos facilmente chegar aos 80%, que é um patamar muito mais significativo”, acrescenta.

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Com relação ao aumento da capacidade de operação, o representante do setor é mais pragmático: “Nossa vontade é operar com 100% do espaço, já que existe a distância mínima de 2 metros entre as mesas e isso já reduz nossa capacidade de lotação, não faz sentido ter outra medida para restringir a capacidade”.

Taiene acrescenta ainda que a orientação da Abrasel-CE é de que não haja a formação de fila de espera nos estabelecimentos, como forma de evitar eventuais aglomerações do lado de fora dos restaurantes e bares do Estado. Ele pondera ainda que o processo de reabertura está “muito atrasado” com relação ao ano passado e afirma que as medidas de apoio aos empreendimentos não ocorrem com celeridade suficiente para prestar um apoio significativo.

“A questão do auxílio para contas de energia elétrica, a gente nem conta mais com isso. O prazo das inscrições foi prorrogado novamente, pela terceira vez. Até a medida ser implementada, ou os restaurantes já fizeram novos empréstimos para pagar a conta ou tiveram a luz cortada”, argumenta.

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No último dia 20 de maio, na semana passada, a Abrasel chegou a revelar que alguns estabelecimentos do setor estariam sendo procurados pela distribuidora de energia elétrica para receber aviso da suspensão do fornecimento.

O cenário de limitações, gerou no setor uma crise de fechamento de empresas que atingiu mais da metade dos empreendimentos do ramo, conforme Abrasel. Além disso, as demissões foram “inevitáveis”, conforme argumentaram os empresários.

Neste ano, com o retorno do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), que flexibiliza relações trabalhistas, possibilitando a suspensão de contratos e a redução salarial e de jornada, uma nova onda de demissões pode ser atenuada. “Estimamos que cerca de 60% do quadro de funcionários do setor esteja com acordo de redução de jornada e salarial ou com suspensão de contrato”, completa Taiene.

Ainda assim, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados na última quinta-feira, 27, apontam que nos três primeiros meses de 2021, o setor de alojamento e alimentação registraram 51 mil demissões no Ceará. 

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