Setor privado no Ceará registra 95 mil demissões entre janeiro e março de 2021

Informação foi revelada por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 27

Os três primeiros meses de 2021 não foram positivos para o mercado formal de trabalho no Ceará. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 27, revelam que 95 mil cearenses perderam o emprego entre os meses de janeiro e março. O levantamento acrescenta ainda que o Estado acumula redução de 12% no número de pessoas empregadas com carteira assinada.

O estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compara ainda o número de cearenses empregados com carteira assinada no primeiro trimestre deste ano com igual período de 2020 e revela perda 232 mil postos de trabalho. A redução chega a 25% do número registrado no ano passado.

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Ao todo, o Ceará encerrou o mês de março deste ano com 697 mil pessoas empregadas com carteira assinada, o que representa um percentual de 55% dos postos de trabalho do setor privado no Estado. Número total é o quarto menor do País, superando apenas os estados do Maranhão, que registrou apenas 48% de trabalhadores do setor privado com carteira assinada, do Piauí (54,5%) e do Pará (54,6%).

O índice de desemprego no Estado voltou a bater recordes, chegando a 15,1% de todos os 7,6 milhões de cearenses aptos ao trabalho. Resultado é 0,7 ponto percentual superior ao apresentado no quarto trimestre de 2020, quando o desemprego registrou taxa de 14,4%.

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No cenário econômico instável e fragilizado devido a pandemia de Covid-19, as atividades de alojamento e alimentação e serviços domésticos foram as que mais demitiram. Tais setores registraram redução de 24,2% nos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2021 com relação ao trimestre anterior. O índice equivale a 51 mil pessoas demitidas. Com relação ao segmento de serviços domésticos, a redução foi de 16,4%, representando um total de 34 mil demissões.

Com único saldo positivo expressivo, os segmentos de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias e administrativas, tiveram, juntos, um aumento de 7,8% nos postos de trabalho. Ao todo, entre janeiro e março de 2021, foram contratadas cerca de 22 mil pessoas para atuação em tais áreas.

Frente à crescente onda de desemprego e às baixas contratações, a informalidade se fortalece como uma das características do mercado de trabalho cearense, com o agravamento da instabilidade econômica gerada pela pandemia de Covid-19. Nos três primeiros meses do ano, de acordo com o IBGE, 1,6 milhão de cearenses desenvolviam atividades laborais sem vínculo formal de emprego, índice representa 53,8% da população apta ao trabalho no Estado, sendo o quinto maior do país.

A pesquisa destacou ainda que o número de pessoas que devido às condições adversas do mercado não estão mais em busca de vagas formais de emprego atinge 11,4% dos aptos ao trabalho no Estado. Além disso, o índice de trabalhadores que possui a mão-de-obra subutilizada por trabalharem apenas meio período chegou a 39,1%.

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