Multinacional deve investir mais de R$ 28 bi para produzir hidrogênio verde no Ceará
Executivos da Fortescue Metals Group visitaram na quinta-feira, o CIPP. Estimativa é de que invistam quantia próxima ao que já foi anunciado pela Enegix Energy, ambas australianasO secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Maia Júnior, confirmou nesta sexta-feira, 21, que a multinacional australiana Fortescue Metals Group deve assinar, em até 20 dias, um memorando de entendimento para implantação de uma planta de produção de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).
Os investimentos devem ser próximos aos dos já anunciados pela também australiana Enegix Energy, de US$ 5,4 bilhões, o equivalente a R$ 28,8 bilhões na cotação de hoje da moeda norte-americana. “As estimativas das plantas são semelhantes, até porque não é só construir uma planta, há necessidade de aquisição de energia, que é a parte mais cara do processo. Nisso, eles estão ainda em fase de detalhamento”, explicou Maia Júnior.
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O titular da Sedet classificou ainda como muito promissora a visita ao CIPP de executivos da empresa, que é uma das cinco maiores produtoras de minério de ferro do mundo, realizada na última quinta-feira, 20. “Eu gostei muito do que presenciei. Eles demonstraram ser um grupo muito decidido e ficaram muito entusiasmados com o Estado. Demonstraram ter muita atitude e objetividade e as negociações devem avançar muito nas próximas três semanas. Com esses investimentos em hidrogênio verde, o Ceará deve tomar a dianteira nacional e até mundial dessa tecnologia”, vaticinou o secretário.
A visita da última quinta, contou ainda com a presença da secretária-executiva da Indústria, Roseane Medeiros; do vice-presidente financeiro do Complexo do Pecém, George Braga; além do presidente da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Ceará, Eduardo Neves.
Em comunicado à imprensa, o CIPP destacou que “executivos das duas empresas assistiram a apresentações feitas pelo presidente da Fortescue Metals Group para a América Latina, Agustin Pichot; e pelo vice-presidente de operações do Complexo do Pecém, Cornelis Hulst”.
O informe acrescentou ainda que “logo após as apresentações, foram discutidas possibilidades de novos investimentos no Complexo do Pecém”.