Comércio: movimentação do Dia das Mães deve cair até 25%, estimam lojistas

Cid Alves, vice-presidente da Fecomércio-CE, destaca que reservas financeiras dos clientes aliado ao alto desemprego desencorajam os compradores

16:08 | Mai. 07, 2021

Por: Samuel Pimentel
 Comércio vai funcionar durante cinco horas neste sábado e domingo para atender a demanda de clientes (foto: Bárbara Moira)

A avaliação de lojistas sobre como será a movimentação de compradores no fim de semana de Dia das Mães é que será menor, no mínimo, entre 20% e 25% na comparação com 2019, quando não havia lockdown. De acordo com o vice-presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE), Cid Alves, essa queda na comparação ao período pré-pandemia se dá, principalmente, pelo fator de que as reservas financeiras dos clientes caíram muito atualmente, assim como o alto nível de desemprego da população.

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"Caímos entre 20% e 25% em comparação com 2019, no mínimo. Porque temos uma massa de gente fora do mercado de trabalho o que gera também uma massa de pessoas fora da cadeia de consumo", destaca o também presidente do Sindlojas. Vale lembrar que o Dia das Mães em 2020 aconteceu em período de lockdown.

O período é a grande data comercial do primeiro semestre. E é a terceira em faturamento, atrás do Natal e da Black Friday. Cid destaca que nos preparativos, a restrição de horários prejudicou, assim como a permissão de funcionamento aos fins de semana em horário reduzido.

Ele considera que as cinco horas de funcionamento neste sábado, 8, devem ser insuficientes para atender à demanda e há preocupação com as aglomerações nas ruas.

"A redução de horário produz aglomerações, pois quanto mais concentra o horário, maior o risco de aglomerar".

Novo decreto

Sobre as regras do novo decreto a ser divulgado nesta sexta-feira, 7, pelo governador do Ceará, Camilo Santana (PT), os empresários do comércio pressionam para que a flexibilização continue.

"Acreditamos que o decreto pode ampliar as atividades do setor produtivo nos fins de semana. Nesses dias, as repartições públicas e bancos, por exemplo, estão fechados, e a demanda do transporte público cai", destaca.

A expectativa é que as demais atividades também continuem avançando, incluindo as da cadeia do turismo, defende Cid. Segundo ele, isso fará com que sejam gerados ou retomados mais empregos, mais dinheiro circulará na economia e isso fará com que o comércio tenham melhores perspectivas de venda, por consequência.