Inflação em Fortaleza avança 1,48% em fevereiro e chega a 6,55% em 12 meses

Região Metropolitana de Fortaleza se consolida como maior inflação do País no ano de 2021, com alta acumulada de 1,85%. Média nacional no mesmo período foi de 1,11%

10:43 | Mar. 11, 2021

Por: Samuel Pimentel
Dinheiro do auxílio ainda não foi percebido no aumento das vendas nem dos supermercados nem dos frigoríficos (foto: DEÍSA GARCÊZ/Especial para O POVO)

Fortaleza fechou o mês de fevereiro com alta de 1,48% na inflação. O resultado faz com que a Região Metropolitana de Fortaleza se consolide como a maior inflação sobre os preços dos produtos entre todas as capitais, com 1,85% de alta no acumulado após dois meses. No resultado dos últimos 12 meses, a alta já chega a 6,55%, bem acima da média nacional no mesmo período que foi de 5,2%.

Os dados são provenientes do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta quinta-feira, 11, pelo IBGE. Eles apontam que, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito apresentaram alta em fevereiro. Os que apontaram variações percentuais acima de 1% no mês foram educação 7,42%, transportes 2,09%, habitação 1,96% e artigos de residência 1,71%. Já o grupo alimentação e bebidas, que tem o maior peso, nesse mês apontou variação de 0,48%. Na contramão, o grupo comunicação registrou variação negativa de 0,02%.

O grande vilão do levantamento foi a variação de preços dos cursos regulares, com alta de 8,86%. Logo a seguir aparece o peso do aumento da gasolina.

No grupo da alimentação, o mais importante para a composição do índice, a queda nos preços do tomate (-15,87%), da batata-inglesa (-10,54%), do óleo de soja (-4,51%) e do arroz (-2,94%) contribuíram para a desaceleração na alimentação no domicílio (0,22%). Houve aumento no preço da cebola (18,63%), cenoura (13,98%) e das carnes (2,00%).

Brasil

De acordo com o IBGE, a média nacional do IPCA em fevereiro foi de 0,86%, 0,61 ponto percentual acima da taxa de janeiro (0,25%). Esse foi o maior resultado para um mês de fevereiro desde 2016, quando o IPCA foi de 0,90%.

No ano, o índice acumula alta de 1,11% e, em 12 meses, de 5,20%, acima dos 4,56% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2020, a variação havia sido de 0,25%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em fevereiro. O maior impacto no índice do mês (0,45 p.p.) veio dos Transportes (2,28%) e a maior variação, da Educação (2,48%). Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 70% do resultado do mês. Na sequência, veio Saúde e cuidados pessoais (0,62%), cujo impacto foi de 0,08 p.p. O grupo Alimentação e bebidas (0,27% de variação e 0,06 p.p. de contribuição) desacelerou frente a janeiro (1,02%).

(Com informações da Agência de Notícias do IBGE)