Com 53% dos trabalhadores sem vínculo formal, Ceará é 6º do País com maior grau de informalidade

O dado reflete um ano marcado por incertezas no cenário econômico local e nacional, com aumento da informalidade como alternativa ao desemprego

Frente à crescente onda de desemprego e às baixas contratações, a informalidade se fortalece como uma das características do mercado de trabalho cearense neste momento de instabilidade econômica gerada pela pandemia de Covid-19. Ao todo, dos 3,3 milhões das pessoas que desenvolviam alguma ocupação no Ceará no último trimestre do ano passado, 53% eram informais. O número representa 1,7 milhão de cearenses sem vínculo formal de emprego até o final de 2020 e coloca o Estado no sexto lugar do ranking nacional da informalidade.


Dados fazem parte do levantamento trimestral divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 10. A pesquisa pondera ainda que no Estado, cerca de 30% da população em idade e condições aptas ao trabalho encerraram 2020 atuando por conta própria, o que representa 990 mil pessoas.

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Pelo levantamento, o Ceará desponta como um dos dezoito estados que ultrapassaram a média nacional da informalidade no mercado de trabalho de 39,5% da população ocupada. Estado fica atrás apenas do Maranhão, que lidera o ranking com 60,3% de informalidade dentre os trabalhadores do estado, do Pará com 59,6% de informalidade, do Piauí (59,1%), do Amazonas (58,7%) e de Sergipe (54,7%).

A pesquisa destacou que no ramo privado, que concentra 1,4 milhão de empregos no Ceará, houve uma redução de 18,2% no número de pessoas empregadas com carteira assinada nas empresas privadas em um ano. A estimativa é de que apenas 43% dos cearenses que atuam como empregados em instituições privadas no Estado possuam carteira assinada.

Entre os trabalhadores domésticos o número representa uma estimativa mais alarmante. De acordo com o IBGE, das 201 mil pessoas empregadas no setor, apenas 21 mil possuem vínculo empregatício regular. No Ceará, o número de profissionais domésticos sem carteira assinada representa 89,5% de todos os trabalhadores ativos do setor.

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