Com sede no Ceará, Aeris Energy registra lucro líquido de R$ 113 milhões em 2020
O resultado representa um aumento de 28% com relação a 2019, sendo impulsionado pelo avanço da companhia no mercado internacional
10:49 | Fev. 10, 2021
Tendo o Ceará como centro de operações, a Aeris Energy, empresa especializada na produção de pás eólicas, fechou o ano de 2020 registrando um lucro líquido de R$ 113 milhões. Salto de 28% em comparação ao resultado do ano anterior. Com relação à receita líquida, a empresa mais que dobrou, com R$ 2,2 bilhões, após conquistar novos mercados na América Latina e na Austrália.
Na expansão da produção, a companhia investiu R$ 300 milhões no Ceará, tendo sido R$ 149,5 milhões somente no último trimestre de 2020. O montante teve como foco de aplicação a compra de uma nova planta de produção na região do Pecém, que já opera em plena capacidade. Dentre as ações mais diretas, a construção de um novo centro de distribuição com 35 mil metros quadrados e a expansão da rede de produção de pás eólicas com uma extensão fabril de 51 mil metros quadrados. O objetivo do investimento é garantir contratos feitos sob demanda já prevendo ações em grande escala em 2021 e 2022.
Fundada há uma década, a Aeris Energy define o Ceará como sendo “uma das melhores regiões para a geração de energia eólica no mundo” e emprega cerca de 5 mil funcionários no Estado. No ano passado, a empresa foi responsável por produzir pás para equipar aerogeradores capazes de gerar 3,5 GW de potência energética, o suficiente para atender em média o consumo de 7 milhões de pessoas. Valor representa um aumento de 95% da capacidade de produção com relação a 2019. Do potencial total de geração de energia com as pás produzidas no Ceará, 2 GW estão sendo destinados a parques eólicos instalados no Brasil e 1,5 GW será exportado.
Os resultados apontam um cenário promissor para novas expansões da empresa, conforme detalha o CEO da Aeris Energy, Alexandre Negrão, ao divulgar os resultados de 2020. “O crescimento do mercado de energia livre no Brasil - que tem demandado cada vez mais a construção de usinas eólicas no mercado interno-, pode nos favorecer”. Ele afirma ainda que 2020 foi um ano marcado por desafios associados à pandemia de Covid-19, mas que o sentimento para 2021 é de entusiasmo diante de uma tendência crescente da demanda por energias renováveis.
A empresa assume ainda a proposta de negócios de uma produção voltada a atender, de forma personalizada, as demandas das empresas contratantes. Do Ceará, a companhia busca dominar o mercado nacional e internacional oferecendo ainda serviços para todos os núcleos do segmento de aerogeradores, realizando manutenção e reparo para todos os modelos de pás e torres eólicas no Brasil e nos Estados Unidos. Atualmente as exportações representam 35% da receita líquida da companhia.