Veja o que ficou mais caro e mais barato na Grande Fortaleza em janeiro

A inflação na Região Metropolitana teve alta de 0,36% em janeiro. O POVO preparou uma lista dos vinte produtos que ficaram mais caros e os que ficaram mais baratos no mês

A inflação na Região Metropolitana de Fortaleza fechou o mês de janeiro com alta de 0,36%, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice ficou acima da média nacional (0,25%). O POVO preparou uma lista dos vinte itens que mais contribuíram para este resultado. 

Diferentemente do que ocorreu em 2020, desta vez, o arroz não foi o grande vilão dos preços. O item que mais pressionou o IPCA no período foi a cebola que ficou 33,99% mais cara neste mês. Em seguida aparecem batata-inglesa (26,64%), uva (8,01%) e alface (6,95%).

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Confira as dez maiores altas na inflação em janeiro

Produto                                                   Variação
Cebola                                                     33,99%
Batata-inglesa                                          26,64%
Uva                                                         8,01%
Picanha                                                   5,73%
Peixe-serra                                              5,3%
Maça                                                      4,73%
Revestimentos de pisos e paredes             4,53%
Caderno                                                  4,39%
Alcatra                                                    4,17%
Banana prata 3                                        3,95%

Fonte: IBGE

Ou seja, fazer a feira vai exigir mais do bolso do consumidor. O analista de mercados da Ceasa, Odálio Girão, explica que a alta de 33,99% no preço da cebola se deve ao período de entressafra na principal região do Nordeste produtora de cebola que é o Vale do São Francisco. “O que fez com que tivéssemos que trazer o produto de locais mais distantes como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, encarecendo a logística”.

Já no caso da batata-inglesa, que subiu 26,64% no mês, a razão para o encarecimento do item foi as fortes chuvas no triângulo mineiro, principal produtor brasileiro, que afetaram a produção. Odálio afirma que é esperado que esses produtos continuem com preços em patamar elevado até meados de março.

“Mas a boa notícia é que esses são itens que podem ter o consumo reduzido ou substituído. A batata-inglesa, por exemplo, pode ser substituída pela batata-doce, pelo inhame, ou mesmo um mix com outros produtos como a cenoura”.

A pesquisa do IBGE mostrou também que, dentre os dez itens que apresentaram maior queda nos preços na RMF, quatro estão no grupo dos transportes. A maior redução foi observada nos preços do transporte por aplicativo (-27,97%), seguida pelas passagens aéreas (-22,17%). “O que evidencia bem a questão da oferta e da procura. A pandemia ainda segue influenciando de forma muito significativa a economia”, assinala o economista Alexandre Carvalho.

Ele ressalta, porém, que esse é um grupo que deve sentir forte pressão nos próximos meses diante do mais recente reajuste nos preços dos combustíveis. "O que deve refletir no valor da tarifa".

Dez maiores baixas na inflação em janeiro:

Produto                                                  Variação
Transporte por aplicativo                          - 27,67%
Passagem aérea                                      -22,17%
Maracujá                                                -15,5%
Goiaba                                                   -13,7%
Tomate                                                  -11,5%
Cenoura                                                 -9,4%
Alho                                                      -6,63%
Energia elétrica residencial                       -4,68%
Transporte público                                   -4,25%
Ônibus Interestadual                                -4,04%


Fonte: IBGE

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inflação na RMF; IPCA janeiro; IBGE; preços dos produtos; lista do que ficou mais caro; lista do que ficou mais barato

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