Luiza Trajano: 'Não vamos sair comprando vacinas, mas poderemos agilizar'

Durante o lançamento do movimento Unidos pela Vacina, a presidente do Conselho do Magazine Luiza disse que o propósito do movimento não é adquirir vacinas, nem fazer doações para o governo nesse sentido

A presidente do Conselho do Magazine Luiza, Luiza Trajano, disse nesta terça-feira, 9, no lançamento do movimento Unidos pela Vacina que o propósito do movimento não é adquirir vacinas, nem fazer doações para o governo nesse sentido. "Não vamos sair comprando vacinas. O governo não precisa de dinheiro para comprar vacina, se a necessidade fosse dinheiro seria mais fácil", disse a executiva que lidera o movimento.

Ela disse que o movimento deve atuar, por exemplo, no transporte de vacinas, mas nunca na compra direta. Não há um montante em dinheiro separado pelo movimento para as ações de desentraves logísticos previstas.

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Dentre os executivos que estão envolvidos na iniciativa, estão Paulo Kakinoff, da Gol, no braço de logística e Walter Schalka, da Suzano, na área voltada para interlocução na área de vacinas. Há ainda subgrupos voltados para viabilizar insumos e seringas.

Na interlocução com o governo federal está o presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Marcelo Silva. "Houve muita receptividade", disse o executivo. Ele pontuou ainda que esse movimento não tem a ver com a iniciativa de empresários que se propuseram a comprar vacinas para funcionários.

Empresários

Para a presidente do conselho do Magazine Luiza, Luiza Trajano, os empresários que se mobilizaram no início do ano para compra de vacinas "tinham a melhor das boas intenções". Ela afirmou que conversa com esses empresários e que alguns têm vindo para o movimento Unidos pela Vacina, capitaneado por ela. "É que nós já sabíamos desde o início que não era possível (comprar vacinas) e depois vimos que dinheiro não era o problema para o Governo", disse.

Estima-se que mais de 400 pessoas estejam envolvidas no movimento e que cerca de metade são lideranças de grandes empresas, como a Gol, a Suzano, a Wolkswagen e a Duratex. Os demais são profissionais liberais, empresários de menor porte e entidades de setor e da organização civil, como o Rotary.

O movimento já tem atuação mais intensa na cidade do Rio de Janeiro e em uma cidade de Minas Gerais, chamada Nova Lima, escolhidas como piloto. "Já fizemos mapeamento das necessidades do Rio de Janeiro para uma vacinação em massa e estamos estruturando qual será a nossa contribuição. Em Nova Lima, a mesma coisa. As situações e dificuldades são absolutamente diferentes", disse Betania Tanure, uma das lideranças do movimento.

Sputnik V

A presidente do conselho do Magazine Luiza disse que o movimento Unidos Pela Vacina se reuniu com responsáveis pela vacina Sputnik V. Ela afirmou que a conversa foi no sentido de ouvi-los e mostrar que o movimento acredita na vacina, que foi bastante questionada até então.

"Conseguimos ver os gargalos e tentar agilizar pontes entre governo, burocracia e tentar destravar. Ontem a gente escutou para ver onde estavam os problemas e depois a gente passa para o governo. Mas ele (o responsável pela Sputnik) disse que está recebendo muito apoio da área da Saúde", disse a executiva.

Ela disse ainda que dentre as conversas que têm sido feitas para entender as necessidades para destravar a vacinação do país, já foi identificada uma fábrica que produz insumos como seringas. "Se precisar, a gente encomenda", disse. Ela afirma, porém, que, em geral as questões são mais relativas a diálogos e construção de pontes.

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