Comércio solicita ao Governo do Ceará autorização para funcionar durante feriados estaduais
Pedido foi feito pelo pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, como forma de compensar parte do período em que as lojas permanecerão fechadas por causa do novo decreto
12:55 | Fev. 03, 2021
Como forma de tentar minimizar os impactos gerados pela nova redução do horário de funcionamento dos serviços não essenciais na Capital até as 20 horas, o setor do comércio varejista da Cidade solicitou autorização para funcionar em horário padrão durante os feriados estaduais. O pedido foi protocolado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) e está em fase de análise pelo Governo do Estado.
Leia mais
-
O que pode e o que não pode: entenda o decreto que entra em vigor hoje em Fortaleza
-
Governador muda decreto e amplia atividades permitidas após 20 horas; veja o que pode funcionar
-
Abrasel rechaça medidas restritivas decretadas pelo Estado
-
Apenas serviços essenciais poderão funcionar em Fortaleza após 20 horas, anuncia Camilo
Com base neste diálogo, Assis afirmou ter entrado com solicitação junto ao governador do Ceará, Camilo Santana (PT), buscando garantir a utilização dos feriados de São José, no dia 19 de março, e da Data Magna do Estado, no dia 25 de igual mês. As datas estão sendo vistas como uma oportunidade dos lojistas compensarem parte do rendimento que for perdido com a redução de cerca de três horas no funcionamento dos estabelecimentos, pelos próximos 15 dias, em Fortaleza.
O novo horário foi implementado por meio de uma atualização do decreto estadual de isolamento social, divulgado por Camilo, ao lado do prefeito de Fortaleza, Sarto Nogueira (PDT), na noite da terça-feira, 2, tendo entrado em vigor 24h após a publicação, nesta quarta, 3.
Estipulando uma queda de 5% no faturamento mensal a cada 24h de lojas fechadas, Assis frisa que o uso dos feriados tem sido visto com esperança por parte dos lojistas, especialmente diante da possibilidade de prorrogação das medidas de isolamento mais restritivas.
“Esperamos que esses 15 dias consigam diminuir a transmissão do vírus, é um momento delicado e todos devemos ser responsáveis, mas se a cadeia produtiva continuar parada, o caminho adotados pelos lojistas, infelizmente, será o de demissões”, conforme detalhou.
Assis acrescentou ainda que os lojistas de Fortaleza estão se dedicando à adesão das medidas de segurança contra a Covid-19. “Estamos tendo máxima atenção com nossa frente de loja. É nossa responsabilidade também, mas precisamos da colaboração de todos, de ajuda para resistir até a chegada da vacina”. Mas frisou que a situação do setor não está favorável devido aos reflexos do ano de 2020.
“Estamos tendo que lidar com uma queda no faturamento de 20%, 30% dependendo do ramo e isso é muita coisa, não nos recuperamos ainda”, comentou Assis. Ele diz ainda que muitos lojistas realizaram empréstimos no ano passado, para segurar as contas dos estabelecimentos e não aderir a demissões em massa, mas que com o vencimento dos empréstimos, e o retorno das medidas mais severas, declara que não haverá outra alternativa.
Leia mais
-
Escolas terão aulas durante o Carnaval; feriado será no segundo semestre
-
Jericoacoara terá barreira e restrição de acesso no Carnaval; veja quem poderá entrar
-
Circulação entre Fortaleza e Interior deve ser proibida no Carnaval, diz Camilo
-
Ceará fecha áreas de lazer de condomínio, reativa leitos e recomenda não viajar