Operação de escaneamento de cargas cresce 30% no Porto do Pecém
A alta na movimentação de contêineres em 2020 foi o fator responsável pelo aumento na operação do escâner, que funciona desde 2013
16:14 | Jan. 27, 2021
O Porto do Pecém apresentou crescimento no escaneamento de cargas em 30% no ano passado. Foram 54.462 operações pelo escâner instalado no pátio de armazenamento, na média de 4.538 escaneamentos/mês ou 149 por dia.
A alta na movimentação de contêineres em 2020 foi o fator responsável pelo aumento na operação do escâner, que funciona desde 2013 e é utilizado em 100% dos contêineres importados e exportados nas três rotas de longo curso que operam no terminal cearense.
A Receita Federal do Brasil é quem monitora o escaneamento, inclusive em contêineres vazios. Hoje o equipamento permite até 60 inspeções por hora.
“Nosso escâner é um equipamento vital para o pleno funcionamento do porto. Nos garante a segurança necessária para a movimentação de contêineres que embarcam e desembarcam aqui pelo Pecém. Além disso, possuímos câmeras de monitoramento em toda a área alfandegada. As imagens são armazenadas e monitoradas pela Receita Federal, que determina os respectivos encaminhamentos das cargas após análise completa. Importante ressaltar também que o Pecém mesmo sendo Autoridade Portuária não têm poderes para abrir contêineres e verificar seu conteúdo”, frisa, em nota, Danilo Serpa, presidente do Complexo do Pecém (Cipp S/A).
Apreensões
O escâner permitiu, por exemplo, em agosto de 2019, a apreensão de aproximadamente 330 quilos de cocaína em um contêiner que seria embarcado para a Europa. A detecção aconteceu após o escaneamento acompanhado pela Equipe de Vigilância e Repressão (EVR) da Receita Federal, com a suspeita da prática criminosa conhecida como rip-off loading, em que a droga é inserida em carga regular, sem o conhecimento do exportador.
O equipamento também realiza a fiscalização nas rodovias estaduais e federais que cortam o Complexo do Pecém. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) dispõem do equipamento para verificar veículos suspeitos que trafegam pela região.
“Em março de 2019, a PRF interceptou uma caminhonete na BR-222 e em seguida trouxe o veículo para ser escaneado no Porto do Pecém. Após o escaneamento foi verificada a presença de material entorpecente no tanque de combustível do veículo aprendido. Na época, o motorista foi preso em flagrante por tráfico de drogas e encaminhado à sede da Polícia Federal, em Fortaleza. Em abril e novembro do ano passado, a PRF escoltou outros dois veículos para o escaneamento conosco, mas nas duas ocorrências não foi detectada a presença de entorpecentes”, detalha Nicolau dos Santos, gerente de Segurança Patrimonial do Cipp S/A.