Bonde elétrico: Governo quer atrair classe média que não utiliza transporte público
Governo do Estado publicou edital onde detalha todo o projeto do "Bonde Turístico de Fortaleza". O valor total da obra é previsto em R$ 214.863.421,67 e deve ligar avenida Beira-Mar até o Centro da CidadeCom a construção do bonde elétrico em Fortaleza, o Governo do Estado pretende não apenas atender turistas, mas também atrair a classe média que passou a não utilizar mais o transporte público urbano da cidade. Além disso, conforme edital do equipamento, o novo modal representa uma forma de resolver problemas de deslocamentos na principal área turística de Fortaleza (avenida Beira-Mar e Centro) e deve reestruturar o sistema de transporte coletivo, aliviando os congestionamentos. "O desafio é atrair para o transporte público essa classe média, ofertando um transporte de qualidade, seguro, eficaz e disponível", descreve o documento.
A construção do bonde foi anunciada no fim de 2020 e foi publicada em primeira mão no O POVO. O projeto representa um desafio para a área de mobilidade urbana na Capital e está orçado em em R$ 214.863.421,67.
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De acordo com o projeto, o acelerado e importante crescimento populacional e econômico dos últimos anos agravaram os problemas que Fortaleza já enfrentava. É o caso do sistema de transporte público, "com taxas de crescimento populacional e de motorização continuamente crescentes". A partir da observação destes problemas, o Governo defende a implantação de "um sistema de transportes de passageiros que atenda às novas demandas".
Conforme a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), a escolha pelo bonde elétrico acontece por dois motivos: é uma solução que, de um lado, possibilita estruturar o sistema de transporte coletivo e, de outro, é elemento para desencadear a requalificação urbana ao longo de toda a região.
A opção por esse modal traz alguns desafios para a obra, principalmente em relação ao material utilizado e os sistemas que serão implementados. Alguns pontos mais sensíveis estão listados no projeto:
a) Intersecções em nível com a circulação de pedestres, bicicletas e veículos.
b) Condições de embarque e desembarque de passageiros pagantes.
c) Áreas de transferência para integração com outros modos de transporte.
d) Inserção urbanística e paisagística do VLT.
e) Preferência por utilização de veículos com tração elétrica.
f) A não utilização de catenárias (sistema de distribuição e alimentação elétrica aérea) principalmente no centro histórico e na região da beira mar.
Para o Governo, o bonde é uma nova proposta de transporte público "necessária e urgente para o sistema de transporte que liga a Beira-Mar ao Centro da Cidade". O projeto é composto pelo trecho localizado entre o calçadão da Beira-Mar, nas imediações do fim da av. Barão de Studart e a Praça da Estação, com aproximadamente 6 quilômetros de extensão, paradas, pátio de manutenção e centro de controle.
Inclui também intervenções previstas para rede de caminhos para pedestres, adequação geométrica de vias e interseções. Com esse tipo de obra, outras ações de infraestrutura também serão necessárias, como requalificação do viário, reforma de calçadas e reforma de paradas de ônibus.
Cronograma
Veja o passo a passo de como será feito o projeto do bonde elétrico:
1. a elaboração e desenvolvimento dos projetos executivos de engenharia, arquitetura e sistemas.
2. execução das obras.
3. fornecimento do material rodante e outros subsistemas necessários à operação.
4. comissionamento e testes integrados de todos os subsistemas que compõem o empreendimento.
5. treinamento do pessoal de operação e manutenção.
6. assistência técnica e garantia.
7. operação assistida e entrega à operação comercial.
As obras devem seguir também cronograma pensado pela empresa contratada para o serviço, mas a previsão de conclusão é de 15 meses.
Ao todo, o bonde passará por nove paradas fixas:
- Barão de Studart.
- Aterro da Praia de Iracema.
- Praia de Iracema.
- Acquario Ceará.
- Dragão do Mar.
- Estação das Artes.
- Mercado Central.
- Castro e Silva.
- Passeio Público.