'Se não contribuirmos mais, desigualdade vai piorar'

Professora de medicina na Universidade Stanford, Carol Winograd e seu marido, Terry, eram de famílias de classe média alta. Logo que se casaram, tinham uma vida confortável, sem luxos. Foi no começo dos anos 2000 que ficaram milionários. O marido de Carol, Terry, é professor de Ciências da Computação e teve entre seus alunos Larry Page, fundador do Google.

Por 18 meses, ele tirou um sabático para trabalhar na empresa.

Como pagamento, recebeu 'stock options', ou seja, o direito de comprar ações da companhia a um preço pré-determinado. Quando o Google abriu capital, em 2004, o casal ficou rico. "No primeiro dia, as ações eram vendidas por US$ 85. Imediatamente, isso virou US$ 200 ou US$ 300 e agora valem algo como US$ 1.400. Nos tornamos instantaneamente mais ricos do que jamais imaginávamos."

Carol e Terry assinaram a carta Milionários pela Humanidade. "Milionários e principalmente bilionários têm mais para dividir, enquanto há muita gente que tem menos do que precisa."

Ela, porém, admite que uma maior taxação sobre os ricos não será suficiente para acabar com a desigualdade. "Mas acho que, se não pagarmos, o problema vai piorar."

Carol também não é otimista com a possibilidade de o clamor dos milionários patriotas ser ouvido, mesmo com a chegada de Joe Biden à Casa Branca. "Tem um sentimento muito negativo em relação à alta de impostos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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