Taxa de desocupação cresce no Ceará e chega a 14%

No terceiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação chegou a 14,1% no Estado, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 27 pelo IBGE. Alta de dois pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e acima do percentual registrado no mesmo período do ano passado (11,3%).

A taxa de desocupação do Ceará no 3º trimestre chegou a 14,1%. Alta de dois pontos percentuais em relação ao segundo trimestre e acima dos 11,3% registrados no mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada nesta sexta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No País, o desemprego chegou a 14,6%, com alta em dez estados. Os maiores índices foram observados na Bahia (20,7%), Sergipe (20,3%) e Alagoas (20,0%). Por outro lado, os menores estão em Santa Catarina (6,6%), Mato Grosso (9,9%) e Paraná (10,2%).

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Dentre as pessoas que estão fora da força de trabalho chama atenção a quantidade de desalentados, ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego de maneira definitiva porque já não têm esperança de encontrá-lo. No Estado, são mais de 376 mil pessoas de 14 anos ou mais nessa situação, atingindo um percentual de 11,4% no terceiro trimestre.

Um aumento de 1,9 p.p na comparação com o 2o trimestre de 2020 e crescendo 3,3 p.p em relação ao mesmo trimestre em 2019.

Já a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 38,7% no Ceará.

Os estados do Nordeste concentram os maiores índices de subutilização da força de trabalho do País. O Ceará é o oitavo no ranking nacional, que é liderado por Alagoas (49,3%).

O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no Estado caiu 5,6% na passagem do segundo para o terceiro trimestre, atingindo o percentual de 59,2%. Isso equivale a 757 mil trabalhadores formais.

Já entre os trabalhadores domésticos, apenas 15,2% tinham carteira assinada, o que representa 28 mil pessoas. Também teve redução nesse indicador, tanto no comparativo ao trimestre anterior (-12%), quanto ao mesmo trimestre do ano passado (-21,5%).

O percentual da população ocupada no Ceará trabalhando por conta própria foi de 30,4%. Enquanto a taxa de informalidade ficou em 52,2%,a quinta maior do País.

O rendimento médio real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas registrou variação de -8,1%, na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2020. Esse rendimento em média era de R$ 1.807 no segundo trimestre, e decresceu R$ 146, chegando a R$ 1.661.

A massa de rendimento real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas também ficou estável (R$ 4,9 bilhões) no terceiro trimestre, comparando com o segundo. Quando comparada ao mesmo trimestre do ano de 2019, a pesquisa indica que essa massa teve queda de 17,8%. Isso é reflexo da queda do número de pessoas ocupadas.

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