Auxílio emergencial: Bolsonaro fala em estender benefício até final do ano com parcela de R$ 250, diz jornal

Segundo o presidente Jair Bolsonaro, o valor do auxílio emergencial aos informais pesa nos cofres públicos e, por isso, a parcela deverá ser reduzida nos próximos pagamentos

21:49 | Ago. 19, 2020

Por: Agência Brasil
Aplicativo auxílio emergencial do Governo Federal (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O auxílio emergencial deve ser prorrogado por mais alguns meses, podendo ser estendido até o final do ano, afirmou hoje, quarta-feira, 19 de agosto (19/08), o presidente Jair Bolsonaro. No entanto, a parcela teria menor valor e passaria de R$ 600 para R$ 250, segundo informações do site do jornal O Globo, que apurou com fontes próximas do governo federal.

De acordo com o presidente, o valor do benefício aos informais pesa nos cofres públicos e, por isso, deverá ser reduzido nos próximos pagamentos.

"Hoje eu tomei café com o Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos Deputados] no [Palácio] Alvorada, também tratamos desse assunto do auxílio emergencial. Os R$ 600 pesam muito para a União. Isso não é dinheiro do povo, porque não tá guardado, isso é endividamento. E se o país se endivida demais, você acaba perdendo sua credibilidade para o futuro. Então, os R$ 600 é muito. Alguém da Economia falou em R$ 200, eu acho que é pouco. Mas dá para chegar num meio-termo e nós buscarmos que ele venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do ano, de modo que nós consigamos sair dessa situação fazendo com que os empregos formais e informais voltem à normalidade e nós possamos então continuar naquele ritmo ascendente que terminamos [2019] e começamos o início desse ano", afirmou. 

A declaração sobre a possível prorrogação do benefício foi dada durante cerimônia, no Palácio do Planalto, em que o presidente sancionou duas medidas provisórias (MP) aprovadas pelo Congresso Nacional, a que institui o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (MP 944/20), e a que cria o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (MP 975/20).

Instituído em abril, para conter os efeitos da pandemia sobre a população mais pobre e os trabalhadores informais, o programa concede uma parcela de R$ 600 a R$ 1.200 (no caso das mães chefes de família), por mês, a cada beneficiário. Inicialmente projetado para durar três meses, o auxílio já teve um total de cinco parcelas aprovadas. Ao todo, são 66,4 milhões de pessoas atendidas. O valor desembolsado pelo governo até agora foi de R$ 161 bilhões, segundo balanço da Caixa Econômica Federal.

Auxílio emergencial: medidas de crédito

As duas MPs sancionadas fazem parte das inciativas tomadas pelo Ministério da Economia para conter os efeitos econômicos da crise causada pela pandemia de covid-19. No caso da MP 975, o programa é voltado às pequenas e médias empresas, com o objetivo de facilitar o acesso a crédito e ajudá-las a se manterem abertas. Editada pelo governo federal em junho, a medida destina crédito a empresas que tenham tido, em 2019, receita bruta superior a R$ 360 mil e inferior ou igual a R$ 300 milhões. A previsão do Tesouro Nacional é disponibilizar R$ 10 bilhões, repassados ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição responsável por coordenar o programa.

Já a MP 944, que cria Programa Emergencial de Suporte a Empregos, concede uma linha de crédito especial para pequenas e médias empresas pagarem salários durante a pandemia. Poderão participar do programa empresas com receita bruta anual de até R$ 50 milhões. O texto ainda prevê possibilidade de utilização do crédito para financiar a quitação de verbas trabalhistas de empregados demitidos.

Durante a cerimônia, o ministro Paulo Guedes (Economia) disse que os indicadores apontam melhora e ressaltou que o governo está finalizando as medidas de crédito adotadas para conter a crise.    

"A economia está voltando, estamos furando com resiliência e serenidade as duas ondas, e estamos aqui praticamente fazendo o ciclo final das últimas medidas de crédito. Estamos aqui inaugurando hoje dois programas a mais dessa série", comentou. 

"O Brasil é o país emergente que mais expandiu o crédito, foi o país que mais auxiliou os desassistidos e protegeu os vulneráveis. Gastamos 10% do PIB [Produto Interno Bruto] para proteger os vulneráveis. Expandimos o potencial de crédito: R$ 1 trilhão. E tudo isso agora está empurrando a economia nesse final de ano, e nós esperamos ir aprofundando as reformas, de forma que o Brasil, já olhando para o ano seguinte, está de volta no trilho do desenvolvimento sustentável, que é onde estávamos antes", acrescentou Guedes. 

Auxílio emergencial: Caixa pagou hoje 5ª parcela a beneficiários do Bolsa Família com NIS final 2 

A Caixa Econômica Federal pagou hoje, quarta-feira, 19 de agosto (19/08), o pagamento da quinta parcela do auxílio emergencial aos beneficiários do Bolsa Família, referente ao mês de agosto. O pagamento do auxílio segue o mesmo calendário do pagamento do benefício do Bolsa Família.

Nesta quarta-feira, 19, o pagamento foi para quem tem NIS final 2. Na quinta, 20, será depositado o benefício e o auxílio para quem tem NIS final 3. Na sexta, 21, será o pagamento para quem tem NIS final 4.

Na segunda, 24, sai o pagamento para quem tem NIS final 5. Na terça, 25, recebem o benefício aqueles com NIS terminando em 6. Na quarta, 26, o pagamento será para quem tem como último número do NIS o número 7. Na quinta, 27, recebem beneficiários com NIF final 8. Na sexta é a vez daqueles cujo NIS termina em 9. Os pagamentos terminam na segunda-feira, 31, com o pagamento a beneficiários com NIS final 0.

Os pagamentos começaram na terça-feira, para beneficiários que têmNúmero de Identificação Social (NIS) com final 1.

Serão 1,9 milhão de beneficiários a receber o pagamento por dia.

Calendário do Bolsa Família (conforme o final do NIS):

Nº 1 - 18 de agosto

Nº 2 - 19 de agosto

Nº 3 - 20 de agosto

Nº 4 - 21 de agosto

Nº 5 - 24 de agosto

Nº 6 - 25 de agosto

Nº 7 - 26 de agosto

Nº 8 - 27 de agosto

Nº 9 - 28 de agosto

Nº 0 - 31 de agosto

Auxílio emergencial

O auxílio emergencial foi uma resposta do poder público para tentar atenuar os efeitos econômicos da pandemia de coronavírus. As parcelas são de R$ 600 - R$ 1,2 mil para famílias nas quais os filhos são criados só pela mãe ou só pelo pai.

Nessa segunda-feira, 17 de agosto (17/08), o auxílio emergencial para 4,097 milhões de beneficiários nascidos em setembro.