Governo quer transformar setor de Saúde em referência econômica no Ceará

A ideia do Ceará ser um estado referência e um polo de saúde vem desde 2018, com o desenvolvimento do Polo Tecnológico de Saúde do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, trazendo grandes players do mercado farmacêutico, como a sede cearense da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

23:43 | Jul. 02, 2020

Por: Samuel Pimentel
EUSÉBIO, CE, BRASIL: Vista prédio da Fiocruz no Polo Tecnológico de Saúde no Eusébio. (Foto: Evilázio Bezerra/O POVO em 26/05/2017) (foto: EVILÁZIO BEZERRA)

O Governo do Estado atua no desenvolvimento da economia ligada à saúde para transformar o segmento numa das referências do setor no Estado. De acordo com o secretário do Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (Sedet), Maia Jr., já existem alguns projetos em andamento, como o da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) junto à Esmaltec, que trabalha na produção de um respirador produzido localmente. Outro projeto, bancado pelo empresário da construção civil e fundador da Impacto Protensão, Joaquim Caracas, tem o objetivo de produzir máscaras cirúrgicas.

O titular da Sedet fala em "otimismo contido" e em previsão de novos negócios nos próximos meses. "Estamos pensando no desenvolvimento da indústria da saúde e o Ceará pode ser um hub no setor para as regiões Norte e Nordeste."

A ideia do Ceará ser um estado referência e um polo de saúde vem desde 2018, com o desenvolvimento do Polo Tecnológico de Saúde do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza, trazendo grandes players do mercado farmacêutico, como a sede cearense da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Depois dos resultados divulgados pelo Ipece, Maia Jr. considera que o cenário para o segundo semestre é mais otimista do que o esperado. Mas ele ressalta que a recuperação para os níveis pré-pandemia só deve acontecer entre 18 e 24 meses.

Maia destaca ainda que o pensamento do Estado num planejamento a longo prazo, que inclui o plano Ceará 2050, deve beneficiar a recuperação das perdas causadas pela crise numa marcha mais acelerada que a nacional. Reformas de estado, atenção à questão fiscal, melhoria de políticas públicas, como educação e inovação e digitalização de processos com desburocratização são iniciativas já realizadas e que dão bom indicativo aos investidores. O titular da Sedet diz que o ambiente de negócios no futuro não vai depender mais tanto de incentivos, mas de garantias e segurança jurídica, velocidade nos processos e infraestrutura.

"Vamos agora corrigir o rumo com as lições da pandemia, mas temos boas condições pela frente, principalmente por o Ceará ser um ponto de conexão de todo valor", afirma Maia Jr.