Semana de transição será decisiva para evolução da reabertura no Ceará, avalia secretário

Os sete dias da chamada "fase de transição" foram estipulados para perceber o comportamento da população. Reabertura pode ser suspendida caso indicadores de saúde indiquem

A volta de 66,9 mil cearenses ao trabalho na próxima segunda-feira, 1º de junho, será fator decisório para o prosseguimento do processo de reabertura da economia no Ceará, planejada em quatro fases pelo Governo do Estado e setores. É o que avalia Flávio Ataliba, Secretário-executivo de Planejamento e Orçamento. Salões de beleza, lojas de construção, treinos esportivos e parte da construção civil, entre outros, entram na fase teste, mas com isolamento social prorrogado tanto em Fortaleza quando no Estado inteiro.

Os sete dias da chamada "fase de transição" foram estipulados para perceber o comportamento da população. "A capacidade que o documento tem de funcionar e irmos permitindo o funcionamento fase a fase vai depender muito do envolvimento de todos os empresários, consumidores e trabalhadores. Se todo mundo seguir direitinho os protocolos, evitando aglomerar, a gente tem uma grande possibilidade de ter um retomada bastante saudável e que possa realmente ajudar a economia cearense voltar a ter seu ritmo de crescimento", pontua Ataliba.

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A prioridade continuará sendo a segurança sanitária, de acordo com o secretário. Na noite desta quinta-feira, 28, após o anúncio dos detalhes da possível retomada pelo governador Camilo Santana (PT), o governo divulgou regras que as atividades permitidas terão de seguir para voltar a funcionar. Os 13 protocolos, listados em 106 páginas, são de fiscalização, monitoramento e conscientização e seguem as normas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O Ceará ainda segue na ponta como o terceiro estado do País com mais infecções, com 37.821 casos confirmados e 2.733 mortes. 24.979 já se recuperaram da doença e segundo avaliação de dados de evolução de casos e óbitos e de internações, um pico de descendência foi registrado e permitiu que o plano fosse elaborado. De acordo com o governador Camilo Santana, a demanda de atendimento de pessoas sintomáticas para a doença nas Unidades de Pronto Atendimento em Fortaleza, epicentro da Covid-19 no Estado, caiu mais de 50%. A taxa de positividade de exames também caiu: passou de cerca de 80% para em torno de 50%.

Mas, segundo Flávio Ataliba ainda há cautela nas decisões envolvendo reabertura. "A gente tá com medo ainda porque a situação não está estabilizada. Não está totalmente confortável, mas entendemos também a necessidade das pessoas voltarem a trabalhar. O plano foi importante para ter algum tipo de prazo estabelecido e pensar num norte", afirma o secretário-executivo de planejamento do Ceará.

Aglomeração

Atividades aglomerativas, como escolas e empreendimentos como cinemas, foram colocadas nas últimas fases do plano justamente pelo cuidado com a evolução da reabertura. Alvo de polêmicas, o retorno de algumas séries de colégios particulares havido sido pedido por sindicato para o dia 17 de junho ao Governo, mas foi negada. "Não é do interesse do governo nesse momento", afirmou o secretário-executivo da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).

Shoppings, que estão previstos para terem lojas de comércio abertas, junto com o comércio de rua, na fase 1, a partir do dia 8 de junho. Segundo Ataliba, vários dos shoppings da Capital já entregam seus protocolos de reabertura e as indicações sairão nos decretos do Governo.

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