Comércio quer flexibilização em 15 dias e espera retomada plena em junho

Setor apresenta documento sugerindo premissas para a retomada da atividade econômica e pede que o Governo do Estado ofereça alguma previsão

Com perdas financeiras que já acumulam R$ 1,26 bilhão e 72% de seus estabelecimentos fechados, o comércio cearense deseja que, a partir do dia 15 de maio, o Governo do Estado flexibilize o isolamento social e permita o funcionamento de mais segmentos do setor, informou nesta sexta-feira, 1º, o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio), Maurício Filizola. Segundo ele, a "esperança" é de que setor retome sua "plenitude" em junho, caso haja condições sanitárias para tal.

Em videoconferência para divulgar o documento "Premissas Básicas para Retomada Gradual", Filizola cobrou do Governo uma estimativa de quando poderá ser possível retomar às atividades. "A (Secretaria da) Saúde precisa definir um data, nem que isso seja alterado depois. É responsabilidade do Estado dar essas previsibilidade para que os setores aguardem o retorno e possam se organizar para a retomada", afirmou o presidente da Fecomércio. "Se eu tenho a previsão de que daqui a 15 dias poderei funcionar, posso preparar meu pessoal, renegociar minhas dívidas e avisar à clientela. É preciso uma perspectiva", complementa.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

Leia também | Mais de 500 mortes por Covid-19 no Ceará; casos chegam a 7.879

Sobre a flexibilização nos próximos 15 dias, ele aponta que o próprio Governo Federal, através do Decreto 10.329/20, já inseriu no rol de atividades essenciais muitos segmentos que ainda estão proibidos de funcionar no Ceará, como estabelecimentos no segmento de locação de automóveis e o comércio atacadista e varejista de suprimentos para informática. "Queremos uma abertura de forma gradual e responsável, em setores que tenham uma movimentação pequena e que possam proteger seus colaboradores e clientes", diz.

Ainda de acordo com Filizola, no fim de maio também seria possível discutir outras formas de flexibilizar as atividades, mas isso depende de um posicionamento real do Governo. "Pode ser uma proposta viável, mas temos que ouvir a Saúde. Essa responsabilidade não pode ser transferida para o comércio", pontua. "Queremos que Governo Estadual siga as diretrizes do Governo Federal. Isso precisa ser colocado em prática. O que precisamos fazer é saber conviver com o coronavírus, enquanto não há uma vacina", opina.

No documento divulgado nesta sexta-feira, 1º, a Fecomércio sugere um total de cinco premissas para uma retomada gradual da atividade econômica. Segundo a entidade, elas serão levadas ao Comitê Estadual de Enfrentamento à Pandemia do Coronavírus, formado por 25 órgãos e instituições do Ceará, além dos poderes executivo, legislativo e judiciário. Confira todas as sugestões:

• Compatibilizar a saúde e economia com a flexibilização que virá com a retomada gradativa, considerando segurança, efetividade

• Esta retomada gradual depende e devera considerar a situação e capacidade dos serviços de saúde

• Avaliação das regiões da cidade/Estado por nível de risco (gerenciar e controlar a flexibilização do isolamento)

• Acompanhamento de ‘mapas de calor’ sobre o crescimento da Covid-19 para flexibilizar considerando áreas onde haja um maior controle da situação

• Avaliar constantemente regiões onde e necessária a manutenção do quadro de isolamento social

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Comércio Fecomércio Coronavírus Retomada Atividade Econômica Ceará

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar