Brasil é o quarto país que sofre mais ataques financeiros de hackers no mundo

Pesquisa divulgada pela Kaspersky coloca a Rússia como o país onde a prática é mais comum

16:58 | Abr. 23, 2020

Por: Victor Hugo Pinheiro
736.600 domicílios cearenses não possuem acesso estável à internet no Estado e realidade intensifica desigualdades sociais durante pandemia de Covid-19 (foto: JÚLIO CAESAR)

Segundo pesquisa divulgada pela Kaspersky, empresa internacional de cibersegurança, o Brasil foi o quarto país do mundo mais atacado pelos trojans bancários, ou "bankers" — instrumentos mais comuns utilizados para roubar dinheiro de navegadores da internet —, no ano passado. Após serem instalados nos dispositivos das vítimas, os criminosos passam a tem acesso às credenciais dos usuários em serviços de pagamento online e sistemas de Internet Banking, além de senhas e códigos.

Em 2019, um terço dos ataques financeiros foram direcionados aos usuários corporativos, o que significou 25% de aumento em relação a 2018. Os especialistas da Kaspersky afirmam que existe uma razão simples para essas ofensivas dos criminosos: "Além de permitir o acesso a contas de pagamentos ou bancárias, os ataques ao setor B2B, por meio do comprometimento dos funcionários, também podem afetar os recursos financeiros das empresas", afirmou a empresa em nota oficial.

O país mais atacado segue sendo a Rússia — como já havia sido também em 2018 —, acumulando cerca de 30% dos ataques. Em segundo está a Alemanha (com 7%) e, em terceiro, a China (3%). O Brasil tem o mesmo percentual do país asiático, porém figura na quarta posição.

"Embora o número total de malware bancário tenha diminuído em 2019, o crescente interesse por credenciais de usuários corporativos indica que as ameaças financeiras não deram trégua. Portanto, pedimos a todos que tenham cuidado ao realizar operações financeiras online. Apesar do atual pico de trabalho remoto durante a pandemia do coronavírus, é especialmente importante não subestimar a ganância dos cibercriminosos", informou o Oleg Kupreev, analista de segurança da Kaspersky.