O certo no incerto do mercado em tempos de pandemia
Economista e presidente do Corecon-CE, Ricardo Coimbra traz as dúvidas que deixam o mercado inquieto quanto às perspectivas para a economia global no momento em que o mundo luta contra a pandemia do novo coronavírusA grande busca nesse momento de incerteza, em razão da pandemia do novo coronavírus, é compreender para onde o mercado vai. Saber o que fazer sobre os recursos financeiros, aplicar ou resgatar? comprar ou vender? Isso faz com que os analistas, profissionais de investimentos e investidores busquem uma perspectiva de cenário tanto no curto, quanto no médio e longo prazo para suas carteiras.
As dúvidas pairam a todo instante e qualquer indicativo por menor que seja gera volatilidade e novas incertezas surgem. Será que o número de casos e vítimas está reduzindo na Europa? A taxa de desemprego nos Estados Unidos está maior ou menor que o estimado? As medidas de estímulo já adotadas serão suficientes para aquecer ou reerguer a atividade econômica nos países e no Brasil?
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Os países irão ter capacidade de injetar mais recursos? De onde poderão vir novos recursos? Até que ponto os governos estão dispostos a gerar déficit público para recuperar a atividade econômica? Tem espaço para emissão de moeda?
Perguntas surgem a todo momento
Novas indagações surgem a cada momento. A possível recuperação é efetiva? O cume da bolsa foi os 60 mil pontos? E já estaríamos em recuperação nos 80 mil pontos? O dólar volta a um patamar abaixo de R$ 5 ou vai em direção dos R$ 6?
Quanto ao comportamento das decisões governamentais sobre a pandemia e a economia, se levam a perguntar: o isolamento social deve ser horizontal ou vertical? O que propicia menos impactos na economia e na sua recuperação? A gripe espanhola serve ou não de parâmetro para análise dos impactos e reativação econômica? Quais e quantas medidas monetárias e fiscais ainda deverão ser tomadas para uma recuperação efetiva e rápida?
Onde estão as respostas a essas e outras inúmeras perguntas que se pode fazer nesse momento? A única certeza que se tem é que o mercado continuará acertando e errando na busca de encontrar um norte. Ou será especulando?
Ricardo Coimbra
Economista e presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE)