Quatro em cada dez consumidores afirmam que não vão comprar ovos de Páscoa, diz pesquisa
A pesquisa mostra ainda que outros 36% aponta que ainda não sabe se vai ou não comprar ovos de chocolate até o próximo domingoA poucos dias da Páscoa, a movimentação para a compra de ovos de chocolate, seja em pontos físicos, como supermercados, ou via encomenda, por delivery, está longe de ser a mesma de anos anteriores. São os efeitos da crise econômica em função do período de pandemia do novo coronavírus. Uma pesquisa digital divulgada esta semana pelo Instituto Qualibest traz um termômetro dessa procura e disposição do consumidor em adquirir o tradicional símbolo da data comemorativa.
Segundo o levantamento, 37% dos consumidores não comprarão ovos de chocolate para a Páscoa, que será celebrada no próximo domingo, 12. O dado que pode ser ainda maior, tendo em vista que, segundo a pesquisa, outros 36% responderam que ainda não sabem se vão ou não comprar ovos de chocolate.
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O grupo dos que afirmam que irão às compras é composto por 25%. Destes, 13% afirmam que vão adquirir o produto em menor quantidade que a Páscoa passada. Os outros 12% representam o grupo dos que garantem que irão comprar a mesma quantidade de 2019.
Em relação aos locais de compra, metade (50%) dos entrevistados afirmou que buscará marcas tradicionais, geralmente compradas em supermercados. Outros 40% informaram que comprarão de amigos e parentes e 25%, de lojas especializadas em chocolates.
Os dados da pesquisa foram coletados entre os dias 27 e 30 de março com 804 pessoas de todas as faixas etárias, classes socioeconômicas e em todas as regiões brasileiras. A margem de erro é de 3,53 pontos percentuais.
Na avaliação da diretora geral do QualiBest, Daniela Malouf, a Páscoa deve sofrer um maior impacto econômico, diante do quadro de pandemia da Covid-19, por dois motivos. “O primeiro é que nossos dados já têm mostrado uma enorme desconfiança dos brasileiros com relação à economia. Há um temor geral que os efeitos da pandemia para os empregos e a renda seja devastador, então a reação imediata é cortar gastos. O segundo é que a Páscoa é o primeiro feriado desde que a pandemia chegou ao Brasil, restringindo não apenas o movimento das pessoas, mas também fazendo com que elas pensassem em comprar apenas o necessário. O mercado terá que se realinhar para lidar com a baixa demanda", afirmou.