Magazine Luiza compra Estante Virtual por R$ 31 milhões

A compra foi concretizada durante leilão feito nesta quinta-feira, 30, e estava programada no plano de recuperação judicial da Livraria Cultura
Autor Alan Magno / Especial para O POVO
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A empresa varejista Magazine Luiza (Magalu) arrematou por R$ 31 milhões a Estante Virtual. A compra foi feita em leilão realizado nesta quinta-feira, 30, na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, em São Paulo. A Estante Virtual, que estava sob propriedade da Livraria Cultura desde 2017, entrou 2018 com pedido de recuperação judicial para evitar a falência ao acúmulo de dívidas, que juntas somam cerca de R$ 285 milhões.

A compra está dentro do plano da Magazine de oferecer uma maior diversidade de categorias em seus canais de vendas, indo além de eletrônicos e eletrodomésticos. Uma das recentes ações da empresa dentro dessa meta foi o início da comercialização de livro, em abril de 2019. Além da Estante Virtual, o Magalu detém a propriedade sobre as marcas Netshoes, Zattini, Shoestock e Época Cosméticos. O Magazine Luiza não se pronunciou sobre o leilão ou sobre como pretende integrar as operações da Estante Virtual a seu site e aplicativo.

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Na Estante Virtual, a entrega dos livros era até então de responsabilidade dos vendedores, o que gerava na maioria dos casos longos prazos de entrega, com taxas de frete elevadas. Já o Magalu usa parceiros próprios e terceirizados para as entregas, além de disponibilizar, em todas as suas lojas do país, a modalidade “Retire na Loja”, onde a compra feita no site pode ser retirada na loja mais próxima ao cliente, com frete grátis.

A compra foi outorgada pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e tem cinco dias para ser judicialmente concluída. A Estante Virtual funciona como um grande “sebo online”, onde os interessados podem encontrar edições antigas, ou mesmo raras e comprá-las de vendedores de diferentes lugares do Brasil, ou ainda comprar um determinado livro usado por um valor abaixo do mercado. Até o segundo semestre de 2019, a empresa declarou agregar 2.600 vendedores registrados e mais de 23 milhões de livros vendidos desde a fundação, em 2015, pelo administrador de empresas carioca André Garcia.

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