Trabalhadores da Cearáportos se reunirão em assembleia para decidir greve geral

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O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará (Mova-se) e representantes dos funcionários da Cearáportos deverão se reunir até o fim da próxima semana para decidir se entram em greve geral. O encontro é motivado pelo fim do processo de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho 2018, que pretende atender as novas diretrizes da reforma trabalhista.

 

As discussões ligadas ao novo sistema do Acordo Trabalhista tiveram início em 2017. De acordo com o Mova-se, a empresa não expressa interesse em avançar nas negociações. Os trabalhadores pretendem discutir as novas cláusulas dos benefícios que já estão garantidos no contrato anterior. O Mova-se acrescenta que a Cearáportos pretende se adequar ànova lei trabalhista, o que, segundo eles, ameaça retirar conquistas e direitos a partir de 2019.

 

Segundo a diretora executiva do sindicato, Auxiliadora Alencar, o processo de negociação com a empresa começou no fim de 2017, com reuniões com ambas as partes. No entanto, nenhum acordo ficou estabelecido. "Há nove meses que se arrasta o processo e até agora não vemos nenhum posicionamento".

 

Ela explica que, nas próximas semanas, será lançado edital com as cláusulas para resguardar a categoria. "Neste momento, estamos nos mobilizando para passar as informações de forma muito clara a todos os nossos sindicalizados. A partir disso, logo será decidido, em assembleia, se será feita greve geral de toda a categoria portuária”, afirma.

 

De acordo com Auxiliadora, a categoria se sente desvalorizada. Em meio às controvérsias, a Cearáportos não demonstra interesse em manter os benefícios dos trabalhadores. “Não vamos admitir que a empresa retire as conquistas da categoria. Fica a interrogação sobre 2019, tudo precisará ser discutido do zero", relata. "Como não há diálogo, iremos partir para o enfrentamento", complementa Auxiliadora.