Usina recebe autorização para injetar na rede toda capacidade de biogás produzido
Além de ser uma alternativa energética, a produção do gás através do RSU ainda é extremamente benéfica para o meio ambiente[FOTO1]
Devido à crise no abastecimento dos combustíveis provocada pela paralisação dos caminhoneiros, a usina de produção de Gás Natural Renovável (GNR) foi autorizada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) a injetar toda sua capacidade de produção de gás na rede da companhia de Gás do Ceará (Cegás). Além de ser uma alternativa energética, a produção do gás através do Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) ainda é extremamente benéfica para o Meio Ambiente.
“Essa permissão da ANP para a injeção do gás GNR é muito importante. É a prova que usamos a tecnologia certa para obter um produto de excelente qualidade e pode abastecer os carros, cozinhas e caldeiras e substituir outras fontes de energia de forma mais sustentável e barata. A GNR Fortaleza é segunda usina de biometano que tem essa autorização e será a primeira a injetar diretamente na rede de distribuição”. Celebra o diretor-presidente da Marquise Ambiental, Hugo Nery.
A usina está localizada no Aterro Sanitário Municipal Oeste de Caucaia (ASMOC), capta o biogás produzido no aterro em 230 poços de gás. Depois, é encaminhado para a planta de purificação, onde ocorre a transformação em biometano, combustível que é totalmente compatível com o gás natural.
Conforme Hugo Nery, o biometano deve suprir pelo menos 30% da necessidade de gás para residências, comércios e para as indústrias do Ceará.
O equipamento só foi possível devido à parceria entre a Marquise Ambiental e a Ecometano Empreendimentos, pioneira no setor de produção de gás natural renovável. A Marquise atua na àrea de tratamento de resíduos desde 1984, é a terceira maior do país em coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU).
“Antes o gás produzido no ASMOC era desperdiçado, sendo queimado ou emitido para a atmosfera. Com a GNR Fortaleza, vamos reduzir a emissão de metano, que é 21 vezes mais nocivo com o gás de efeito estufa ante o CO2 (dióxido de carbono)”. Comentou o diretor da GNR Fortaleza, Thales Motta.