Adesão a planos de previdência fechada mais que dobrou este ano
16:59 | Out. 04, 2017
O número de adesões a planos de previdência complementar fechada mais que dobrou desde o início da tramitação da reforma da Previdência, em 2016, afirma o presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Luís Ricardo Marcondes Martins. Só no primeiro semestre deste ano as entidades fechadas de previdência complementar (EFPCs) acumularam R$ 808 bilhões em ativos, com uma rentabilidade de 4,24%, próxima à taxa padrão que foi de 4,44%.
No Nordeste, são mais de 33,2 mil pessoas contribuindo para previdência complementar fechada, somando um investimento de quase 22 milhões. O montante representa 2,8% do total do País. A região Sudeste responde por 45% deste mercado. “Mas todos seguem praticamente o mesmo caminho que é um crescimento dobrado em 2016”, afirmou.
Segundo ele, além da possibilidade de alterações no Regime Geral de Previdência, a preocupação dos brasileiros com a longevidade e em ter mais qualidade de vida no futuro ajudam a impulsionar o setor. "É um momento único".
No Brasil, mais de 2,5 milhões de pessoas já contribuem nesta modalidade de previdência. O valor médio mensal de aposentadoria programada é de R$ 5.137, enquanto a média da aposentadoria por invalidez foi de R$ 2.091 e de pensões R$ 2.443.
As aplicações em títulos de renda fixa representam a maior parcela de investimentos (74,1%) no semestre, somando R$ 571 bilhões, ante R$ 546 bilhões em 2016. Já a renda variável totaliza 16,9%. Dentre as razões que explicam este cenário é a rentabilidade. Enquanto a primeira cresceu 4,92% no período, a renda variável teve rentabilidade de 2,14%.