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Advogados de denunciados contestam acusações

21:20 | Jun. 04, 2014
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O advogado Leonardo Bandeira, que representa Adriano Magalhães e Maria Cláudia, disse que a denúncia do Ministério Público se sustenta em conjecturas. Ouvido pelo jornal "O Estado de S. Paulo", ele contestou as acusações, que considerou "improcedentes". "Não tive acesso às gravações, à perícia. Nada disso consta dos autos. A denúncia não tem fundamento pelas provas que estão nos autos e eu espero que seja rejeitada", afirmou.

Segundo ele, o ex-secretário nem sequer foi ouvido na fase de investigação pelo Ministério Público. "É muito estranho formar juízo de valor para uma acusação sobre uma pessoa e não dar a ela a oportunidade de falar", questionou.

O advogado Jean Gabriel Guimarães Starling, defensor de Anderson Lara, alegou que havia uma dúvida sobre a competência para atuação no caso devido a uma ação judicial que pretendia deixar a cargo apenas do Ibama o licenciamento ambiental. "Meu cliente só remeteu os autos para seus superiores para saber o que fazer. E ficou aguardando. Se (os autos) não voltaram por algum motivo, ele não sabe", disse.

O advogado observou que Lara já aplicou multas à MMX e não acredita "nem que existia uma organização criminosa" nem em "pagamento de propinas". "Mas já há um prejuízo, só pelo fato de responder à ação. A imagem dele (Lara) foi muito afetada", declarou.

Diego Fugiwara e seu advogado não foram localizados.

Os advogados que constam como representantes de Luciano Junqueira não retornaram às ligações do jornal "O Estado de S. Paulo".

A MMX não respondeu a questionamentos do jornal "O Estado de S. Paulo". Em nota, informou que "segue com suas operações na Unidade Serra Azul, obedecendo às recomendações determinadas pelo órgão licenciador".

O governo de Minas explicou que, em 28 de fevereiro e 28 de maio deste ano, determinou embargos de atividades em Serra Azul, que ficam vigentes até a apresentação, pela MMX, de estudos sobre a área de proteção das cavidades. A Secretaria de Meio Ambiente informou ainda que está reunindo documentação para apurar os fatos apontados pelo MP no âmbito administrativo. "Tão logo noticiada a denúncia, foram procedidas as exonerações dos envolvidos nos dias 04/04/2014 e 11/04/2014", acrescentou.

A Hidrotérmica afastou qualquer favorecimento irregular. O presidente da empresa, Ronaldo Bolognesi, disse que o licenciamento das usinas foi discutido com vários atores, incluindo as comunidades das regiões das usinas, num processo de cerca de quatro anos. Segundo ele, havia, sim, uma "pressão positiva" do empresariado para que as usinas fossem adiante. "Não entendo esse tipo de 'denuncismo'. Nem se quisesse, o secretário poderia intervir nisso. Foram quatro anos de tramitação", declarou.

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