Capitais nordestinas precisarão de novos aeroportos, diz ministro da Aviação Civil

07:36 | Jan. 29, 2013

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Atualizada às 10h50
O país precisará de novos aeroportos no entorno das capitais para atender ao aumento de demanda nos próximos anos. A avaliação é do ministro da Secretaria da Aviação Civil, Wagner Bittencourt. Segundo ele, as capitais nordestinas demandarão novos equipamentos, já que as atuais estruturas aeroportuárias não permitem, pela localização, a extensão das pistas.

“Nós vamos ter que identificar novos terrenos e planejar a construção e viabilização desses novos aeroportos”, explicou. A declaração foi dada pelo ministro em evento na sede regional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), referente à operação conjunta de fiscalização da aviação geral no estado do Rio de Janeiro.

Bittencourt explicou que a construção de um novo aeroporto não vai significar a desativação ou regionalização do aeroporto antigo. Ele disse ainda que Rio de Janeiro e São Paulo não estariam dentro das capitais que demandarão novos aeroportos.

Segundo o secretário-adjunto do Turismo do Ceará, Marcos Pompeu, a triplicação do Pinto Martins até 2017 será suficiente para a demanda atual da capital, mas há expectativas de novos equipamentos para a região.

“No futuro, se olharmos em dez, vinte anos, podemos imaginar que teremos um novo aeroporto com a necessidade”, destacou. Pompeu disse não ter ainda informações sobre onde seria o outro equipamento, mas considerou Pecém uma boa localização por conta da proximidade de Fortaleza.

A obra de triplicação custará R$ 337 milhões com recursos do Governo Federal e da Infraero. A primeira etapa deverá ser concluída em dezembro deste ano. A segunda estará pronta para a Copa de 2014, com conclusão prevista para 2017.

Plano regional


No final do ano passado, o governo anunciou um investimentos de mais de R$ 7,3 bilhões na expansão da aviação regional. No Nordeste, serão beneficiados 64 aeroportos com R$ 2,1 bilhões no total.

O Ceará terá nove equipamentos regionais contemplados. Além da capital Fortaleza, estão inclusas as cidades de Jijoca de Jericoacoara, Itapipoca, Sobral, Canindé, Quixadá, Aracati, Crateús, Iguatu e Juazeiro do Norte.

Dobrar a movimentação

O diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys, disse que há estimativas de que em apenas cinco anos dobre a movimentação nos aeroportos brasileiros, que hoje é 180 milhões de passageiros embarcados e desembarcados, o que dá uma média de praticamente um bilhete por pessoa, em relação à população.

Segundo ele, há dez anos, a média era apenas 0,3 passageiro por habitante do país, número que passou para 0,6 em 2007 e 0,9 em 2012. Nos Estados Unidos, em nível de comparação, a relação é 3 passageiros embarcados e desembarcados por habitante. “Nosso mercado cresceu muito nos últimos anos, mas ainda tem espaço para crescer mais”, disse Guaranys.

Rio Grande do Sul

O ministro citou o caso do Rio Grande do Sul, que poderá ganhar uma nova estrutura aeroportuária, apesar de contar com o Aeroporto Internacional Salgado Filho – Porto Alegre, recentemente duplicado.

“Nós estamos conversando com o estado desde 2011 e não só com o Rio Grande do Sul, mas em relação à necessidade de outros aeroportos em capitais. A demanda tem crescido muito no país e com isso a nossa infraestrutura dos grandes e médios aeroportos começou a ficar lotada. Nos próximos anos, digamos dez ou 15 anos, vamos precisar desenvolver aeroportos em algumas capitais do país. Tem alguns aeroportos, como é o caso [do Aeroporto Internacional Salgado Filho] de Porto Alegre, que estamos avaliando potenciais locais adequados”, disse Bittencourt. As informações são da Agência Brasil.

Redação O POVO Online