Crescimento de private equity não inibe investimentos
O ex-presidente diretor de investimento da Funcef, fundo de pensão da Caixa Econômica Federal (CEF), e atual diretor executivo de novas aquisições da Caixa Participações, Demósthenes Marques, disse que as possibilidades de geração de empreendimentos é grande o suficiente para atender o capital disponível, diante da elevada necessidade de investimento no País e da ascensão da classe média. "Não há bolha no valor dos investimentos, causada por desequilíbrio na demanda em relação à oferta, com potencial de gerar perda ao investidor de longo prazo", disse.
Ele afirmou ainda que a Funcef prospecta investimentos para participação, por meio dos fundos de private equity, nos setores de infraestrutura, os sustentados pelo crescimento da massa real dos salários e nos quais o Brasil tem vantagens competitivas sustentáveis, como o pré-sal. O patrimônio da Funcef está em torno de R$ 50 bilhões.
O diretor-superintendente da FIBRA, fundo de pensão de Itaipu, Sílvio Renato Rangel Silveira, acrescentou que as possibilidades se estendem a aspectos demográficos relacionados à expansão econômica, oferecendo oportunidades nos setores turísticos, imobiliário e de lazer. O FIBRA tem patrimônio de R$ 2,2 bilhões, dos quais aproximadamente 5% estão investidos em participações em empresas e projetos por meio de investimento em fundos de private equity.
O sócio da Gávea Investimentos Marcos Pinto afirmou que a estratégia do fundo de private equity da instituição, de adquirir participações minoritárias, ajuda e enfrentar a concorrência, que muitas vezes se concentra em participações majoritárias. Ele disse que a Gávea tem apenas três participações majoritárias por meio de seus investimentos de private equity. Pinto afirmou que dos R$ 7 bilhões em recursos administrados pela Gávea, R$ 4 bilhões estão em fundos de private equity.