Páscoa: conheça os símbolos, seus significados e tudo sobre a data

Páscoa: conheça os símbolos, seus significados e tudo sobre a data

Mais que chocolates e coelhos, a Páscoa mistura fé, história e tradição em uma celebração repleta de simbolismos e significados profundos

A Páscoa não seria a mesma sem um coelho, a caça aos ovos e cestas festivas. Além do significado religioso, a história por trás do coelho e dos ovos de Páscoa envolve uma mistura de rituais pagãos, tradições cristãs e folclore europeu do século XIX.

A data tradicional para celebrar a Páscoa é o domingo. Trata-se de uma festa móvel, com datas que variam conforme alguns fatores. Em resumo, a Páscoa pode ocorrer entre 22 de março e 25 de abril. Em 2025, a data da celebração será 20 de abril, segundo o calendário gregoriano.

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Em 325 d.C., o Concílio de Niceia determinou que a Páscoa seria celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia posterior ao equinócio da primavera — a menos que isso coincidisse com a Páscoa judaica. Nesse caso, a celebração cristã seria transferida para o domingo seguinte.

Páscoa 2025: celebração e fim da Quaresma

Muitos cristãos celebram a Quaresma, um período de 40 dias durante o qual se comprometem a abrir mão de algo — como açúcar, álcool, carne ou qualquer outro hábito —, como forma de purificação espiritual em preparação para a Páscoa.

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A Quaresma simboliza os 40 dias que Jesus passou em jejum no deserto e culmina na grande celebração da Páscoa, geralmente comemorada em família.

A Páscoa vai além da troca de doces e da caça aos ovos — é também um momento de reflexão e solidariedade. Para os cristãos, o triunfo de Jesus sobre a morte é também um chamado à compaixão, incentivando gestos de sacrifício e serviço ao próximo.

Páscoa 2025: símbolos

Confira alguns símbolos comumente associados à celebração da Páscoa:

Coelho

O coelho tem raízes profundas nos festivais pagãos da primavera, que celebravam a fertilidade e a renovação. As primeiras conexões entre o coelho e a Páscoa remontam à Grã-Bretanha do século VIII, quando os primeiros cristãos integraram suas tradições religiosas às festividades da deusa Eostre.

Eostre, que deu origem ao nome "Easter" (Páscoa, em inglês), era associada à primavera e à fertilidade, e a lebre era possivelmente seu animal sagrado.

O coelhinho da Páscoa apareceu (ou melhor, pulou) em decorações e filmes temáticos, mas a primeira referência conhecida ao símbolo remonta ao século XVII. Naquela época, povos germânicos introduziram o Osterhase — um coelho que trazia presentes para as crianças na época da Páscoa.

Segundo o History.com, imigrantes germânicos levaram essa tradição para a Pensilvânia, nos Estados Unidos, por volta de 1700. As crianças costumavam deixar cenouras para o Osterhase, de forma semelhante ao hábito de deixar biscoitos para o Papai Noel no Natal.

Ovo de Páscoa

Os ovos também têm uma origem simbólica dupla. Para os antigos romanos, representavam vida nova e fertilidade. Era comum tingi-los com corantes naturais e presentear amigos, vizinhos e entes queridos, simbolizando recomeços.

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Mais tarde, os primeiros cristãos passaram a considerar os ovos como símbolos de fertilidade e abundância. Durante a Quaresma, evitava-se o consumo de ovos como parte do jejum.

Eles eram, então, preservados e tingidos com cores especiais para distingui-los dos ovos frescos. Quando a Quaresma terminava, eram consumidos como parte das celebrações pascais.

Chocolate

O chocolate passou a desempenhar um papel importante nas comemorações da Páscoa a partir da era vitoriana. A tradição moderna de consumir ovos e coelhos de chocolate é uma adaptação lúdica de antigos rituais religiosos com origem na Europa.

Os primeiros ovos de chocolate surgiram no século XIX, na França e na Alemanha, feitos de chocolate amargo sólido.

Em 1873, a confeitaria britânica JS Fry & Sons lançou o primeiro ovo de chocolate oco, e a produção em massa foi iniciada por John Cadbury em 1875 — à época, um presente de luxo.

Somente entre as décadas de 1960 e 1970 os supermercados passaram a vender ovos de chocolate a preços mais acessíveis, popularizando a tradição como a conhecemos hoje.

Pão e vinho

Segundo os Evangelhos, durante a Última Ceia, Cristo disse aos seus discípulos que — assim como o pão seria partido e o vinho, derramado — seu corpo e sangue também o seriam, em sacrifício pelo povo. Ele pediu que repetissem esse gesto sempre que se reunissem, em memória de seu sacrifício.

Essa prática cristã assumiu grande importância, tornando-se símbolo central da fé cristã: o sacrifício de Jesus pela humanidade.

Na teologia católica, acredita-se que, durante a Eucaristia, o pão e o vinho consagrados deixam de ser apenas símbolos, tornando-se a presença real de Cristo.

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Cordeiro

O cordeiro é outro símbolo tradicional da Páscoa — e, para muitos, o prato principal da celebração. O simbolismo vem do cordeiro pascal judaico. Jesus é frequentemente descrito nas Escrituras como o "Cordeiro de Deus" (Apocalipse 5:6–14).

João Batista afirmou: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (João 1:29). O cordeiro da Páscoa judaica (Êxodo 12:1–11) foi reinterpretado pelos cristãos como um prenúncio do sacrifício de Jesus (1 Coríntios 5:7), segundo o portal Bible Resources.

De acordo com o Catholic Culture, era considerado sinal de boa sorte encontrar um cordeiro na Páscoa. Uma crença popular dizia que o diabo podia assumir a forma de qualquer animal — exceto a do cordeiro, por causa de seu forte simbolismo religioso.

Peixe

O peixe também é símbolo de vida e fé. Os primeiros cristãos o usavam como código secreto, por meio do acróstico IXTUS — palavra grega para "peixe". As letras representam a frase: "Iesus Xristos Theos Huios, Soter", que significa "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador".

Durante a Semana Santa, especialmente na Sexta-feira Santa, é tradição consumir peixe, em memória dos 40 dias de jejum da Quaresma, período em que os fiéis evitam carne vermelha como forma de penitência.


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